sexta-feira, 1 de abril de 2016

O Reino de Deus - parte 4


(continuação)

Muitos crentes estão a descobrir e a "curtir" a importância de ser da família de Deus. Precisam fazer isso sem perder a visão e o compromisso de ser exército de Deus, cidadãos, embaixadores, guerreiros cuja vida é entregue ao serviço do Rei até à morte e depois. 

Nossa fé e salvação são expressões individuais. Isso tem sido levado a um extremo de individualismo, no qual cada crente é dono do seu nariz e muda de igreja local em igreja local cada vez que encontra coisas de que não gosta. Precisamos manter o valor da individualidade de cada um, ao mesmo tempo que abraçamos o valor da colectividade, aprendendo a discernir que somos o Corpo de Cristo, comprometidos a andar em aliança uns com os outros, com relacionamentos interdependentes. Através de nossa unidade e amor, o mundo saberá que Jesus é o Filho de Deus (João 17.21,23).

Temos nos dedicado ao crescimento da Igreja sem uma visão de fazer a diferença fora dela. Sem dúvida, precisamos nos entregar à Igreja, à comunidade do Reino como alta prioridade. Mas ao mesmo tempo, temos um chamado de ser "sal" e "luz" no mundo, na medida do possível, avançando o Reino e Seus valores na terra, na esfera secular. Isso implica penetrar em nossas empresas, na política, na educação, no lazer e em todas as áreas, para Jesus!

Precisamos entender que o Reino, desde o mandamento em Génesis de governar e cuidar da terra, tem a ver com a esfera física. O Reino se revela no cuidado do nosso corpo como o templo do Espírito, em nossa casa ser o centro do Reino, em nosso trabalho contribuir com a paz, a justiça e a alegria de sermos mordomos da Criação.

O Rei quer que Seu Reino cresça em nós e através de nós. Esse crescimento não é apenas suave, doce, com músuca bonita de fundo. Crescimento verdadeiro tem uma dimensão violenta que levou Jesus a dizer: "Desde os dias de João, o baptista, até agora, o Reino dos céus é tomado à força, os que usam de força se apoderam dele" (Mateus 11.12).

Jesus iniciou seu ministério a pregar o evangelho do Reino (Mateus 4.23), e tanto Ele como João, o baptista, proclamaram: "Arrependam-se, pois, o Reino dos céus está próximo" (Mateus 3.2; 4.17).

O arrependimento é a porta para o Reino de Deus. Mas não apenas uma porta de entrada para pessoas não crentes. Também é uma porta pela qual precisamos entrar de novo cada vez que Deus nos revela que nossa visão ou vida está aquém de Seus propósitos.

Não adianta fazermos pequenos ajustes e dar-mo-nos os parabéns por sermos bonzinhos. Precisamos quebrantar-nos e deixar que Ele faça uma obra profunda e radical, porque servimos a um Deus muito além do que imaginamos, Aquele que é o soberano absoluto do Universo. O chamado que Ele estendeu às sete igrejas frequentemente foi um chamado ao arrependimento. As igrejas de hoje apenas ministram arrependimento aos não crentes. Provavelmente precisam ouvir as palavras do apóstolo Paulo no chamado ao arrependimento ele ele fez à igreja de Corinto: "Pois o reino de Deus não consiste de palavras, mas de poder [acção]" (I Coríntios 4.20). 

Se não continuarmos a crescer através de novos momentos de arrependimento, teremos uma possibilidade de cair na condenação de Paulo em outra carta, tornando-nos pessoas que têm a "aparência de piedade, mas negando o seu poder" (II Timóteo 3.5).

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