sexta-feira, 6 de novembro de 2015

porquê igreja nas casas?


Durante minha vida cristã passei por algumas denominações evangélicas, até ao dia em que o Senhor me fez ver algo diferente, sobre a necessidade de voltar às origens do cristianismo. Isso levou-me a tomar decisões na vida, a fim de me encaixar na vontade de Deus para a minha vida, e minha família. Não tem sido fácil, por uma questão de vários anos de hábitos denominacionais, hierarquias, costumes, etc., nem tem sido fácil porque muitos amigos, até mesmo cristão, não compreendem nós estarmos a viver um "modelo" de igreja diferente. É verdade que é diferente! Infelizmente desde os anos 300 d.C. a verdadeira essência do que é igreja foi-se perdendo, tendo o imperador Constantino trazido hábitos, hierarquias, etc., da sua religião romana. 

Sinto um clamor por parte das nações, pelo retorno às origens da igreja primitiva, de voltar à essência, deixando de lado todas as coisas que ao longo dos anos foram sendo anexadas, e que vieram contaminar o verdadeiro cristianismo.

Para podermos melhor entender o porquê da igreja nas casas, precisamos de entender o verdadeiro significado da palavra "igreja":

De uma forma simples, não indo para os campos fundos da teologia, "Igreja" significa "assembleia", ou seja, "ajuntamento", "congregação". No caso cristão, significa ajuntamento dos cristãos, dos irmãos, daqueles que um dia decidiram entregar as suas vidas a Deus.

A "igreja nas casas" não é algo novo, nem local. O despertamento da "igreja nas casas" tem acontecido nos últimos anos, em várias partes do mundo, de uma forma extraordinária. 

Como é mencionado, o ajuntamento dos cristãos acontece num ambiente familiar, casaeiro, descontraído, mas com muito zelo por Deus. Somos cristãos que percebemos que estar numa "igreja" onde nos reuníamos em algum espaço alugado, ou adquirido, para aí termos as nossas reuniões da igreja - os cultos - não era suficiente. Por esses e outros motivos abaixo mencionados a nossa insatisfação foi crescendo. Nessa insatisfação observámos pela Bíblia que o local ond os irmãos congregavam era nas casas. Se lermos o livro de Atos dos Apóstolos encontraremos imensos textos a mencionar as reuniões nas casas. Um grande exemplo disso encontra-se em Atos 2:1-4, quando fala sobre a descida do Espírito Santo. Os cristãos - a nova seita - jamais seria autorizada a usar os templos e sinagogas judaicas. Mesmo quando fala em Atos 2.46, que eles iam "perseverando unânimes todos os dias no templo", acredito que seria junto ao muro e não no interior do templo, pelo motivo mencionado anteriormente. 

O "modelo" da igreja nas casas, é sem sombra de dúvidas, o retorno à igreja original e bíblica. Todos os outros "modelos" de igreja a que estamos habituados a ve não estão mencionados na Bíblia.

É no "modelo" bíblico da igreja nas casas que todos os presentes podem colocar seus dons e talentos em exercício (conforme II Coríntios 14.26). No "modelo" actual das igrejas, poucos podem colocar seus dons e talentos em exercício nas reuniões.

No "modelo" bíblico as crianças fazem parte da reunião da igreja juntamente com os adultos, pois elas também são corpo de Cristo. No modelo actual, as rianças são isoladas dos adultos, para serem "entretidas" e para não perturbar a reunião dos adultos.

No "modelo" bíblico é incentivada a comunhão e o relacionamento entre os irmãos, edificando e exortando-se mutuamente no Senhor, criando em todos o sentido de comunidade, família e amizade, ajudando uns aos outros de acordo com as suas necessidades. No modelo actual os "membros" da igreja "picam o ponto" e pouco relacionamento têm no seu dia-a-dia. Partilham o mesmo espaço de adoração durante algumas horas da semana, mas nas outras horas e dias são perfeitos estranhos.

Conclusão:

Vivemos tempos que somos exortados pelo Espírito Santo a devolver-Lhe a igreja. Vivemos tempos em que temos sido conduzidos a voltar à simplicidade do Evangelho, ensinando e praticando os ensinos que Jesus ensinou e deixou-nos para serem praticados, mesmo numa sociedade cristã cada vez mais distante de Cristo e dos Seus ensinos.

Este é o convite do Espírito Santo para mim, para si e para todos aqueles que se consideram cristãos: voltemo-nos para a simplicidade do Evangelho de Cristo, deixando de lado tudo aquilo que ao longo de centenas de anos tem sido agregado à Igreja de CRisto, mas que não foi agregado por Ele.


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