terça-feira, 9 de outubro de 2018

Deus restaura os caídos



“Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, ao levantar do sol. E diziam, uma às outras: Quem nos removerá a pedra da porta do sepulcro? E, olhando, notaram que a pedra já estava removida; pois era muito grande; e entrando no sepulcro, viram um jovem sentado à direita, vestido de um longo manto branco; e ficaram aterrorizadas. E ele lhes disse: Não vos atemorizes; buscai a Jesus de Nazaré; que foi crucificado; ele ressuscitou; não está aqui; vede o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, E A PEDRO, que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis, como ele vos disse.” (Marcos 16:1-7)

Podemos tirar algumas lições práticas para nossas vidas através deste texto, mas principalmente da frase: “E a Pedro”.

Podemos nos perguntar: Porque ele não disse: “E a João”, este era conhecido como o amado do Senhor. Ou “E a Tomé”, pois este duvidou da ressurreição do Senhor.

O que havia então em Pedro para que ele fosse tão especifico e direto em seu recado. Para poder entender bem isto precisamos voltar no tempo, exatamente três dias atrás.

Pedro cometera um grande pecado, apesar de ter sido avisado pelo próprio Senhor, e com certeza sabia as consequências desta sua atitude.
“Mas quem me negar diante do homem será negado diante dos anjos de Deus.” (Lucas 12:9)

Pedro se escondeu, se sentindo só, coberto pela sua vergonha, com pensamentos, os quais conseguimos imaginar: “Depois disto não tem mais jeito para mim, sou indigno de ser lembrado ou aceito novamente pelo Senhor.
Pedro com certeza olhou para sua fraqueza e pensou em desistir. Pedro, como nós, ao olhar sua realidade e sua humanidade, enxergou seus erros, defeitos e misérias, e, ainda não entendendo totalmente a Graça de Deus, resolveu se excluir daquilo que nunca foi excluído pelo Senhor, Seu propósito eterno.
Como Pedro, insistimos em nos culpar, lembrar de coisas quando o próprio Senhor não se lembra delas.

Somos, como Pedro, pessoas frágeis e muitas das vezes fazemos declarações que não podemos sustentar em nossa força natural.

“Ainda que todos venham a tropeçar por tua causa, eu jamais tropeçarei.” (Mateus 26:33)

Tenho entendido, depois de muito falhar, que através da minha força, não consigo nem mesmo ir até o Senhor. Todavia, creio que nos momentos de extrema fraqueza e debilidade, de forma sobrenatural o amor de Deus nos atrai e nos dá forças. E assim, entendendo que não me resta mais nada a não ser correr para os braços do Pai.

A minha, e com certeza, a sua, grande esperança é que: Jesus como Bom Pastor irá ao encontro de Suas ovelhas caídas e feridas para restaura-las.
Gostaria então, baseado em algo que li, de anotar algumas atitudes práticas que Jesus tomou para restaurar a vida de Pedro:

1ª Atitude: Foi Jesus que procurou Pedro:

Quando estamos fracos, quando tropeçamos e caímos, nos falta forças, estamos envergonhados e não conseguimos nos erguer sozinhos e dependemos de ajuda para sermos restaurados.

2ª Atitude: Jesus nunca desistirá e nem esmagará aquele que está caído:

“Não esmagará a cana quebrada, nem apagará o pavio que fumega, até que faça vencedor o juízo.” (Mateus 12:20)

Talvez Pedro quando encontrou o Senhor, agindo segundo o seu próprio padrão de agir, esperava uma severa reprimenda do Senhor, pois sua  auto estima estava no pó, ele se sentia o pior dos homens naquele momento.

Porém, ao contrário de todas as expectativas de Pedro, o Senhor preparou um cenário para restaurar aquele homem precioso, que só o Senhor conseguia enxergar naquele momento, e, fez-lhe perguntas diretas ao seu coração.

3ª Atitude: Reavivou o primeiro amor de Pedro

Em vez de confrontar Pedro e lembrá-lo de suas vergonhas e misérias. Jesus o toca de maneira sensível: “Tu me amas?”

Com aquela conversa e perguntas, Jesus vai entrando novamente no coração de Pedro e restaurando o propósito e o ministério daquele homem tão precioso e com um potencial que só o Senhor conseguia ver naquele momento.

Escrevo estas coisas em lágrimas, pois com certeza preciso entender a profundidade destas verdades e assim compreender como Paulo compreendeu o amor de Deus.

“Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” (Efésios 3:17-19)

Oswaldo Pinho
URL: http://oswaldopinho.blogspot.com/

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