segunda-feira, 18 de março de 2019

Inquietações e Prioridades

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.” (Salmos 139.23-24)

O que mais nos inquieta? Nossas inquietações são as nossas preocupações. Aquilo que nos faz falta e nos deixa incomodados, pensando, preocupados. Nossas inquietações falam muito a nosso respeito. Elas revelam nossos valores e nossas crenças. Só nos inquietamos por aquilo que valorizamos. O que não valorizamos não nos causa inquietação. Valores pobres e crenças pobres nos levam a inquietações fúteis. Levam-nos a dar proporções exageradas a coisas pequenas. Podem nos levar a ignorar o que realmente importa e a não dar atenção ao que deveríamos dar toda atenção. Diante da experiência com o amor de Deus e Seu reino, somos desafiados a considerar nossas inquietações, avalia-las e administra-las pela fé. Isso fica muito claro no ensino de Jesus.

Em Mateus 6 Ele fala que não devemos viver inquietos por causa de nossas necessidades materiais ou a respeito da brevidade de nossa vida. Segundo Jesus, quanto às nossas necessidades materiais, devemos confiar em Deus para sermos supridos, pois Ele nos ama. E se Ele não se esquece dos pássaros, mas os alimenta, também cuidará de nós, pois valemos mais para Ele do que muitos pássaros. Quanto a brevidade de nossa vida, qualquer preocupação seria inútil, pois nada podemos fazer a respeito. O que devemos fazer, diz Jesus, é buscar como prioridade nosso relacionamento com Deus e nosso envolvimento com Seu reino. As demais coisas nos serão acrescentadas. Não é fácil seguir o ensino de Jesus e não são muitos que o seguem.

Acreditamos que é mais fácil fazer as coisas do nosso jeito e cuidar de garantir nossas necessidades, e fazermos todo o possível para prolongar a vida ao máximo. Não creio que Jesus esteja se posicionando contra nosso cuidado e previdência. Creio que Ele está apontando o erro de deixar Deus e Seu reino em segundo plano. Ele está nos fazendo perceber que existe uma ordem certa para as prioridades de nossa vida e que Deus e Seu reino devem estar no topo. O salmista pediu que Deus lhe revelasse suas prioridades – inquietações. O que a nós importa, nos incomoda. O que nos incomoda nos governa. Jamais seremos livres e felizes se não for Deus nosso maior incómodo e Seu reino nossa maior inquietação. Se nossa vida não estiver na ordem certa, o resultado será incerto. Pois, na vida, a ordem dos factores altera completamente o produto.

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