sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

o cristão e o carnaval

Quando nos aproximamos da celebração (para alguns) do Carnaval, pode-se questionar, porquê os cristãos não o celebram??? Será esquisitice nossa, será porque não gostamos de nos divertir? Claro que sim, que gostamos de divertir-nos mas não com coisas que põe em causa a nossa vida espiritual.

Há dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças, reuniam-se no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demónios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da  volta da primavera, que simbolizava o renascer da natureza. Mas num ponto todos concordavam; as grandes festas como o carnaval estão associadas a fenómenos astronómicos e a ciclos naturais. O carnaval caracterizava-se por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas.

O carnaval na idade média era uma festa que combinava desfiles, enfeites, festas folclóricas e muita comida que é comumente mantido nos países católicos durante a semana que precede a Quaresma. Carnaval, provavelmente vem da palavra latina «carnelevarium» (eliminação da carne).

Isso era apenas um pretexto para que os romanos e gregos continuassem com suas comemorações pagãs, apenas com outro nome, já que a igreja Católica era quem ditava as ordens na época e não era nada ortodoxo manter-se uma comemoração pagã em meio a um mundo que se dizia cristão.

Os carnavais alcançaram o pico de distúrbio, desordem, excesso, orgia e desperdício, junto a Bacchanalia Romana e a Saturnalia. Durante a Idade Média a Igreja tentou controlar as comemorações. Papas algumas vezes serviam de patronos, então os piores excessos eram gradualmente eliminados e o carnaval era assimilado como o último festival antes da ascensão da Quaresma.

A enciclopédia Glolier exemplifica muito bem o que é, na verdade, o carnaval. Uma festa pagã que os católicos tentaram mascarar para parecer com uma festa cristã, assim como fizeram com o Natal. Os romanos adoravam comemorar orgias, bebedices e glutonaria. A Bacchalia era a festa em homenagem a Baco, deus do vinho e da orgia; na Grécia, havia um deus muitíssimo semelhante a Baco, seu nome era Dionísio, da Mitologia grega, este era o deus do vinho e das orgias.

A enciclopédia Grolier diz: «O bacanal ou bacchanalia era o festival romano que celebrava três dias de cada ano em honra a Baco, deus do vinho. Bebedices e orgias sexuais e outros excessos caracterizavam essa comemoração, o que ocasionou a sua proibição em 186 d.C.

Todas as mudanças no Carnaval ocorreram apenas em seus aspectos exteriores. A embalagem é cada vez mais bonita, mas o conteúdo continua o mesmo. A aparência do Carnaval é interessante, envolvendo diversão, alegria, beleza e arte. São qualidades reais e não vamos negar isso. Existem coisas bonitas e atraentes no Carnaval, mas isso não significa que vamos participar dele. Dinheiro roubado também tem valor, mas nem por isso vamos aceitá-lo, caso nos seja oferecido.  Apesar da embalagem maravilhosa, o conteúdo do Carnaval é podre e pecaminoso.

Então, devemos nós cristãos, comemorar este tipo de festa? O que a Bíblia diz sobre isto?

Qualquer que se considera cristão deve concordar de que não devemos de modo algum estar ligado a este tipo de comemoração, porque... é uma comemoração de origem pagã, em homenagem a um falso deus, patrono da orgia, da  bebedice e dos excessos, na verdade um demónio; e essa festa alimenta as inclinações carnais do ser humana, contrárias à Palavra de Deus: “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz; por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus...Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus...Porque se viverdes segundo a carne, caminhais para morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” Romanos 8.6, 7,8,13.

Não podemos nos esquecer que, por trás da realidade natural, está a realidade espiritual. Os demónios actuam de forma intensa no Carnaval, conforme pode ser conferido até mesmo em depoimentos de pessoas envolvidas com os cultos pagãos..

"Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquente! E harpas e alaúdes, tamboris e gaitas, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do Senhor, nem consideram as obras das suas mãos. Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede. Portanto, o inferno grandemente se alargou, e se abriu a sua boca desmesuradamente; e para lá descerão o seu esplendor, e a sua multidão, e a sua pompa, e os que entre eles se alegram. Então, o plebeu se abaterá, e o nobre se humilhará; e os olhos dos altivos se humilharão” (Isaías 5.11-15).

"Porque tudo o que há no mundo, o desejo mau da carne, o desejo mau dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo." (I João 2.16)

guerra ou paz

Qual é a situação ideal: que todos se compreendam e vivam em paz ou que vivam em guerra uns com os outros? É óbvio que qualquer pessoa no mundo responderá: paz! Ainda assim, apesar de todos querermos a paz, o mundo está cheio de conflitos e de guerras. Por que será que a humanidade pratica algo que todos, de forma generalizada, condenam?

No início da Criação, o Homem vivia em perfeita harmonia com Deus e consigo próprio. Um dia, tomou uma decisão errada de desobedecer a Deus e de não ser dependente dEle. Como consequências, perdeu a paz com o seu Criador, conheceu o medo e começaram os conflitos dentro de si. Tornou-se escravo do pecado e desencadeou disputas e inimizades. "Ama o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças, e com todo o entendimento. E ama o teu próximo como a ti mesmo" (Lucas 10.27). Este era o desejo de Deus, mas o Homem começou a fazer tudo ao contrário. Penso primeiramente em mim, depois no meu próximo e um pouco em Deus, principalmente quando as coisas não correrem bem. O meu orgulho coloca Deus de lado e o meu egoísmo coloca o meu "eu" em primeiro lugar.

Como sair deste ciclo e voltar à paz com Deus? Primeiro preciso reconhecer que preciso de Jesus para me livrar do mal. Depois, peço-Lhe perdão e dou-Lhe o primeiro lugar na minha vida. A paz que vou encontrar em Deus vai curar-me interiormente e permitir viver uma relação mais justa com as outras pessoas.

Texto auxiliar: Tiago 4.1-10

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

vontade de Deus - 5

"... porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou" (João 5.30).

Este é o último princípio bíblico para reconhecer e caminhar na vontade de Deus: quando o sinal ficar verde, siga! Se está no ramo das vendas, é crucial saber quando fechar o negócio. Muitas vezes, os principiantes perdem a venda por exagerarem. Apresentam o produto e mostram como pode suprir as necessidades dos clientes. O preço está justo e o cliente está pronto para comprar, mas o novato continua a "vender" até que o cliente fica desconfiado e ele perde a venda. Saber quando "fechar" é essencial. é importante ter um objectivo preciso, mas é preciso saber quando premir o gatilho. Confie nos passos que deu e siga em frente, caso contrário acaba por ficar preso num ciclo de dúvidas. A certa altura na sua busca da vontade de Deus, tem de dar aquele decisivo, e muitas vezes, intimidante, próximo passo. Todo o estudo, oração, discussão, pesquisa, verificação e reverificação são inúteis se não agir. Toda a fé que há no mundo irá falhar se parar quando estiver prestes a fazer algo (Tiago 2.17,18).

Aqui fica um teste de último minuto:
1 - Entregou a sua vontade a Deus?
2 - Está a servir fielmente onde Deus o colocou?
3 - Está disposto a fazer o que Ele revela?
4 - tem recebido e acreditado nos sussurros do Espírito?
5 - Está confiante no Seu poder para cumprir as Suas instruções? 

Passou? Então é tempo de seguir em frente! Não espere até se sentir destemido. Dê esse primeiro passo, esse primeiro passo assustador. Siga o seu caminho com ousadia, e o medo irá perder a sua capacidade de o controlar ou de o paralisar. Quando o sinal fica verde, os recursos de Deus estão disponíveis para fazer o que tem de fazer. Agora é o momento para seguir!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

vontade de Deus - 4

"E a paz de Deus... domine em vossos corações" (Colossenses 3.15).

Este é o quarto princípio bíblico prático para reconhecer e caminhar na vontade de Deus: Não passe o sinal vermelho: o tempo é importante quando busca conhecer a vontade de Deus. Espere até que Ele abra a porta, porque Deus é O "que abra, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre" (Apocalipse 3.7).

A impaciência, agir independentemente de Deus, ou aventurar-se em lugares perigosos irá arranjar-lhe problemas. Deus não pede a sua opinião, Ele pede-lhe obediência. Os sinais vermelhos fazem parte da Sua estratégia. Uma porta fechada é tão importante como uma porta aberta quando Deus está no controlo. Ele fechou as portas a Paulo na Ásia e em Bitínia, e depois abriu-lhe a porta na Macedónia (Actos 16.6-10).

Preste atenção ao apito do árbitro. O papel do Espírito Santo é vital; só Ele conhece a mente de Deus e acaba de vez com as conjecturas. Jesus disse: "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade... e vos anunciará o que há de vir" (João 16.13). Desenvolva uma maior sensibilidade para ouvir os sussurros do Espírito consultando-O nas pequenas questões. Lembre-se de que não tem de ser uma autoridade em teologia, você já é altamente qualificado! A Bíblia diz: "porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus" (Romanos 8.14). Ele irá trazer uma profunda paz ao seu coração assim que o colocar no caminho certo, "e a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine (agindo como um árbitro) em vossos corações (decidindo e resolvendo com determinação todas as questões que surgirem nas vossas mentes)".

Deixe que a paz de Deus no seu coração tome as decisões ao longo do caminho. Dessa forma nunca se enganará.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

vontade de Deus - 3

"... esta é a vontade de Deus... para convosco" (I Tessalonicenses 5.18).

O terceiro princípio bíblico prático para reconhecer e caminhar na vontade de Deus é: ore para que possa conhecer a vontade de Deus. Lute para viver numa atitude de oração. "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (vers. 16-18).

Regozijar-se, orar, continuamente e dar graças coloca-o no centro da vontade de Deus. Se apenas ora quando está desesperado para obter respostas, na melhor das hipóteses os seus receptores ficarão enferrujados e as suas impressões nebulosas. A comunicação regular com Deus aguça os seus sentidos e afina a sua capacidade de distinguir a Sua voz de tudo o resto, "ensina-me a fazer a Tua vontade, pois és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano" (Salmo 143.10).

Busque Deus e Ele irá preparar o caminho para si. Receba conselho dos outros para obter confirmação, não necessariamente direcção. Paulo disse, "... quando... Deus... me chamou... não consultei a carne nem o sangue" (Gálatas 1.15,16). Apenas aceite o conselho das outras pessoas quando este estiver de acordo com a Palavra de Deus e a vontade do Espírito. Os amigos podem ser uma fonte de confirmação, mas não necessariamente fonte de revelação. Mesmo as suas próprias experiências e impressões não são suficientes para discernir a vontade de Deus, a não ser que estejam alinhadas com a Sua Palavra. Pedro fez isto na transfiguração de Cristo. "Nós mesmos ouvimos essa voz vinda do Céu, quando estávamos com ele no monte santo. Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em seus corações" (II Pedro 1.18,19 NVI).

Os convertidos de Paulo em Bereia receberam os seus ensinamentos entusiasticamente, mas também o confrontaram com a Palavra escrita de Deus (Actos 17.11). É sempre uma boa política.

Em breve... princípios 4 e 5.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

vontade de Deus - 2

"Seguir o Espírito leva à vida e à paz" (Romanos 8.6 OL)

O segundo princípio bíblico prático para reconhecer e caminhar na vontade de Deus é: escolher uma mentalidade espiritual e não carnal. A carnalidade está no centro da nossa natureza obstinada, e continua a viver em nós mesmos depois de nos tornarmos cristãos. A sua atracção gravitacional está sempre longe de Deus e vai sempre em direcção a uma vida egocêntrica. 

A Bíblia diz: "... a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo" (vers. 7 NVI). A mente carnal faz-nos ser desconfiados, cépticos, promover-nos a nós mesmos e ser espiritualmente cegos para a vontade de Deus.

Ter uma mentalidade espiritual significa centrar as suas escolhas na Palavra de Deus e nos sussurros do Espírito. E a boa notícia é que "vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (vers. 9). Ceder à carne não é inevitável. Você é que decide se é a carne ou o Espírito a guiá-lo! Pedro, com uma mentalidade espiritual, recebeu uma revelação da divindade de Jesus: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai..." (Mateus 16.16,17). Pouco tempo depois, Jesus confidenciou aos Seus discípulos a forma terrível como aconteceria a Sua morte. E num momento de bem-intencionada, mas inapropriada, carnalidade, Pedro recusou-se a aceitá-la: "Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso" (vers. 22). Uma mentalidade carnal é o convite a Satanás. Então Jesus disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens (vers. 23).

Então, mantenha a sua mente espiritualmente focada e pronta para fazer a vontade de Deus.

Príncípios 3, 4 e 5 em breve...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

a vontade de Deus - 1

Provérbios 3.6, que diz: "Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas."

Não há nada mais importante do que reconhecer e caminhar na vontade de Deus. Não a conhecer pode ser uma verdadeira fonte de insegurança. Saber que caminha na Sua vontade dá-lhe a capacidade de se erguer sobre os desafios que a vida lhe prepara.

Deus pretende que conheçamos a Sua vontade. Salmo 37.23 diz: "Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e deleita-se no Seu caminho." O Senhor irá ter em atenção mesmo a mais pequena das suas preocupações. Então, o que precisa para discernir a Sua vontade? Vamos pensar em alguns princípios bíblicos práticos: (1) Não há lugar para duas vontades. 

Se quer a vontade de Deus, tem de estar preparado para abdicar da sua própria vontade. Jesus disse: "... como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou" (João 5.30). As vontades irão chocar frequentemente, por isso há escolhas que deve fazer, e manter, se quiser caminhar em obediência a Deus (Mateus 26.39). Comece a sua busca por se render à Sua vontade e depois concentre o seu coração (sentimentos) e a sua mente (pensamentos) em Deus e na Sua Palavra esclarecedora. Assim que aceitar que Ele é o líder e você o seguidor, será muito mais fácil dizer: "deleito-me em fazer a Tua vontade, ó Deus... a Tua Lei está dentro do meu coração" (Salmo 40.8).

Princípios 2, 3, 4 e 5 em breve...