sábado, 20 de novembro de 2021

A necessidade de uma liderança sádia



Tensão, confusão e mal-entendidos sobre este assunto sobejam tanto nas organizações seculares, como nas organizações religiosas.

Chamamos ao nosso tempo de era da inovação, e a pergunta que está sempre a surgir é: QUEM SERÁ O NOSSO NOVO LÍDER? Quem terá a habilidade de nos conduzir efetivamente por estas mudanças?" As empresas bem-sucedidas estão a substituir cerca de 40% dos seus gerentes e a procurar uma nova liderança. Descobriram que estavam a ser gerenciadas em excesso e lideradas em escassez. Estavam destinadas a tornarem-se uma burocracia estagnada se não injetarem na organização uma nova liderança.

Buscam agora um novo líder que não seja necessariamente o mais forte, o mais hábil, o mais perspicaz e nem o mais popular - deve ser, no entanto, alguém de criatividade e originalidade excecionais. Deve trabalhar com as pessoas, ao passo que os gerentes trabalham com coisas e sistemas. Deve ser alguém que saiba que a verdadeira liderança é motivar outras pessoas em direção a um alvo específico, com o propósito de fazer com que elas se tornem e se sintam bem-sucedidas.

Um futuro mais encorajador poderá ser nosso ao descobrirmos os propósitos eternos de uma liderança transformadora que proporciona visão, direção, mobilização de pessoas e melhoramento dos sistemas e estruturas para alcançar resultados excecionais. O desespero das nossas situações poderá até produzir grandes e efetivos líderes. 

Como Leighton Ford disse: "Talvez a crescente crise mundial ainda possa produzir uma nova onda de liderança."

Esses líderes experientes existem e são de todos os tamanhos e formas: jovens e velhos, homens e mulheres - e poderá detetá-los ao observar que os seus seguidores apresentam sempre um excelente desempenho.

Irá notar ainda que demonstram uma atitude de auto-sacrifício. São, também, pessoas de convicções e de dedicação profundas a uma causa e a um chamado dignos. São aquelas que dizem: "Isso pode e será feito!" Estão dispostas a pagar o preço a despeito do custo! Essas pessoas vão liderar com corações de servos, não para o seu próprio enriquecimento, mas para o benefício daqueles que as seguem. Eles servirão liderando bem.

Don Baker disse bem em seu livro "Liderança - Aprendendo a Fazer Com que Outros Tenham Sucesso": "A liderança, a gestão e a organização foram todos arquitetados por Deus. Os princípios da ordem e o planeamento vêm de Deus e são exemplificados em Cristo. Constituem o padrão de liderança bem-sucedida. Os desempenhos superiores podem ser apresentados por quem quer que decida aprendê-los e esteja disposto a empregá-los."

Muitas vezes falhamos em fazer, desenvolver, preparar e produzir líderes porque nos tornamos excessivamente "espirituais" e demasiado "teológicos" com respeito à maneira de como Deus supre esta necessidade. Tendemos a achar que Deus "estala" os dedos e eis que surge um líder!

Isto acontece porque deixamos, frequentemente, de ver o processo de formação de líderes por trás dos bastidores. Falhamos ainda em perceber que você e eu fazemos parte desse processo.

Por outro lado, parece que estamos a desenvolver ou a produzir uma porção de burocratas teológicos... mas estes não são líderes!

A igreja de Deus e os ministérios a ela relacionados, necessitam desesperadamente de líderes - continuamos, porém, a "orar fervorosamente" para que eles, de alguma forma, surjam de repente! Deixa-me contar-lhe um segredo: eles não surgirão dessa maneira!

Stephen E.J.L. Talitwala, foi presidente da Universidade Daystar no Kenya, disse: "Não é possível produzir um líder cristão instantaneamente mandando-o para um seminário de um dia. Para desenvolver as qualidades essenciais para uma liderança eficaz exige-te tempo e muito trabalho."

Continuaremos este tema...

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Leia sobre "Prestação de Contas"

Liderança: prestação de contas



A prestação de contas é frequentemente um princípio visto com maus olhos. Por que? Ela tem sido encarada como algo negativo porque as pessoas a associam à crítica, censura, desaprovação e julgamento. Isso não precisa ser verdadeiro. Em geral, quando a prestação de contas é percebida de forma negativa, nenhuma prestação de contas está a ocorrer. Ela deve ser positiva.

Uma pessoa pode relatar ao seu líder as coisas boas que estão a acontecer. Não é preciso relatar somente as coisas más. Se a pessoa vai prestar contas, deve preparar para o líder um relatório oral ou escrito, formal ou informal, no tocante a todos os aspetos da sua responsabilidade.

O líder deve especificar o conteúdo da prestação de contas exigida. Por exemplo, uma pessoa que é responsável pelo "departamento de vendas" de uma loja de calçados comunica ao seu supervisor que houve um aumento de 50% nas vendas do mês anterior. O líder ficará muito satisfeito em ouvir isso. Houve uma prestação de contas positiva.

A prestação de contas sugere que o subordinado incorra na obrigação de executar um trabalho ou uma função delegada a ele.

A prestação de contas tem sido referenciada como um sistema que permite ao líder gerencial determinar como os departamentos e os subordinados estão a trabalhar. A consequência é que os departamentos subordinados e os seus gerentes tornam-se mais responsáveis pelas suas ações, decisões e desempenho. Alguns não farão objeção a tal prestação de contas, mas outros, especialmente aqueles que não estão a fazer um bom trabalho, resistirão.

Se um líder reserva períodos regulares para se reunir com o seu pessoal, pode criar uma atmosfera mais favorável para a prestação de contas. Pode encorajar quando uma pessoa está desanimada; pode dar conselhos quando necessário; pode reconhecer um trabalho quando este for bem feito.

Por que as pessoas acham a prestação de contas tão difícil? O medo é um dos maiores obstáculos. Elas temem o fracasso. Algumas vezes, não compreendem a prestação de contas. Imaginam que, uma vez que estão a trabalhar numa organização de voluntários, numa igreja, ou a "fazer a obra do Senhor", não há como exigir prestação de contas. Algumas pessoas crêem honestamente que exigir o prestar contas não é "cristãos". Frequentemente há a desculpa: "As pessoas não fazem o que esperamos; elas fazem o que inspecionamos".  Acredita-se que isso seja algo manipulador e antibíblico.

Cada um de nós tem três tipos de prestação de contas em nossas vidas:

1 - A obrigatoriedade de prestar contas embutida na situação, sociedade, cultura e ambiente no qual nascemos - Em todo o país, cultura e sociedade, há leis e códigos de conduta fundamentais, os quais precisamos seguir se quisermos ser cidadãos responsáveis. Prestamos contas de nossas ações e, se violarmos tais leis e códigos de conduta, sofreremos as consequências.

2 - A responsabilidade que aceitamos quando nos unimos a uma organização, tal como carreira, igreja local, empresa, ministérios, etc. - Ao nos afiliarmos a tais organizações, aceitamos certas responsabilidades. Isto, por seu turno, significa que concordamos numa certa prestação de contas. Esse tipo de prestação de contas é frequentemente o mais resistido ou o menos estabelecido e cumprido.

3 - A prestação de contas que voluntariamente fazemos aos outros - Esta pode ser a mais eficiente, já que, por natureza, tendemos a apresentar um desempenho melhor quando os objetivos são estabelecidos por nós mesmos. Este tipo de prestação de contas ocorre quando o líder e o subordinado decidem juntos e partilham do estabelecimento de seus próprios alvos.

Procure o seu líder, e preste contas!