sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Fazer "teologia" ou preparar líderes? - parte 4 - Estrume nos sapatos


A empresa Chrysler estava prestes a falir. Não havia preparado nem treinado um líder que pudesse formar outros dentro da organização.

Vindo de fora e de última hora, Lee Iacocca foi introduzido na empresa. Sua tarefa era transformar a "intenção" em "realidade e ação"; ele tinha que manter tal transformação em todas as camadas da companhia.

Levou visão, mudança e capacitação a todos, desde o mais alto executivo até ao empregado de limpeza.

Todos começaram a participar da VISÃO. Ele era um EDIFICADOR DE EQUIPAS.

A alguns anos atrás, Lee estava num pasto de gado próximo a Calvary, em Alberta, no Canadá, com alguns dos seus funcionários que lançavam um balão de ar quente como o logotipo da Chrysler.

Antes, Lee Iacocca havia sido despejado do seu sumptuoso escritório que ocupava como presidente da Ford Motor.Co e colocado detrás de uma pequena secretária num dos armazéns da companhia. Mas ele tomou pulso das circunstâncias em lugar de permitir que estas o apanhassem e sacudissem.

Os verdadeiros líderes sabem muito bem que queimar homens capazes, simplesmente porque lutaram e perderam, pode resultar em muitos bons homens sendo desperdiçados - para as mãos dos competidores.

Esse filho de imigrantes italianos foi escolhido como o melhor para livrar da falência uma das maiores empresas automobilísticas do mundo. Pagou a dívida de um mil milhões de dólares ao Governo sete anos antes do seu vencimento e resgatou 600 mil empregos. Não tenha dúvida. Os princípios que fizeram de Lee Iacocca um homem bem-sucedido não se tratam de descobertas modernas; estão arraigados nas Escrituras: Ele "serviu" à Chrysler Corporation proporcionando boa liderança.

Será que temos pastores e missionários, teólogos e professores, diáconos e presbíteros, dispostos a pisar no "estrume da vaca" e sujar os sapatos porque não se sentem superiores aos outros?

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Cuida da Terra -


De acordo com o relatório divulgado desde 2014 mostra os pontos-chaves da situação do planeta, que se vai agravar em ritmo mais acelerado do que se imaginava. O aquecimento global chegará a+1,5º C até 2030, 10 antes que o previsto.

Até 2030 o mundo tem de reduzir anualmente 7,6% das suas emissões de gases de estufa. Este é o valor apontado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente para se conseguir atingir o objetivo de manter o aumento da temperatura abaixo dos 1,5 graus Celsius. A última década foi de "falhanço coletivo."

Desde 1960, aproximadamente, as florestas, os solos e os oceanos absorveram 56% de todo o CO2 que a humanidade emitiu na atmosfera, apesar destas emissões terem aumentado 50%. Sem a ajuda da natureza, a Terra seria um lugar muito mais quente e inóspito do que é agora.

Mas estes aliados - conhecidos como sumidouros de carbono - estão a dar indícios de saturação e espera-se que o percentual de CO2 que conseguem absorver será menor com o passar do tempo.

O nível global dos oceanos aumentou cerca de 20 cm desde 1900, e a taxa de elevação praticamente triplicou na última década. As calotas de gelo que derretam na Antártida e na Groenlândia são agora o principal fator, à frente do degelo dos glaciares.

Se as temperaturas globais aumentarem 2.ºC, o nível dos oceanos aumentará cerca de 50 centímetros no século XXI. E continuará a crescer até quase 2 metros até 2300, o dobro do que o IPCC previa em 2019.

Devido à incerteza somada às calotas de gelo, os cientistas não descartam uma elevação das águas de até dois metros até 2100.

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CNN Brasil - julho 2021: 

Enquanto as condições de seca estão a expandir-se a piorar no hemisfério norte devido a uma onda de calor recorde, em outras partes do mundo, como a Europa Oriental, enchentes catastróficas, mataram pelo menos 170 pessoas e deixaram centenas de desaparecidos, de acordo com as autoridades.

Alemanha, Bélgica e Holanda debaixo de água. Inundações catastróficas na Europa Ocidental mataram mais de 120 pessoas e centenas de desaparecidas, disseram as autoridades, à medida que os esforços de resgate em grande escala continuam em meio ao aumento do nível da água, há deslizamentos de terra e cortes de energia.

Imagens chocantes da devastação na Alemanha e na Bélgica mostraram vilas inteiras debaixo de água, com carros presos entre prédios desabados e escombros. A Holanda e o Luxemburgo também foram afetados por chuvas extremas.

Os especialistas descreveram os eventos recentes como as chuvas mais fortes em um século.

"Tsunami" de lama no centro do Japão: No início de julho, chuvas torrenciais provocaram um poderoso deslizamento de terra em Atami, província de Shizouka cerca de 90 kms a SO de Tóquio. O deslizamento de terra destruiu cerca de 130 edifícios. O Japão está sujeito a avalanches, com média de 1500 por ano na última década, um aumento de quase 50% em comparação com os 10 anos anteriores, de acordo com um relatório do governo japonês de 2020.

Desastres relacionados com as enchentes, como deslizamentos de terra, são um risco tradicional, mas sério para o país. Isso ocorre porque metade da população japonesa e 75% dos ativos do país estão concentrados em áreas sujeitas a inundações, dizem os especialistas.

Iraque declara feriado por extremo calor. A 4 de julho, as autoridades do Iraque anunciaram um feriado, incluindo a capital Bagdad, porque estava simplesmente muito quente para trabalhar ou estudar, depois que as temperaturas ultrapassaram os 50.º C e seu sistema elétrico entrou em colapso.

Tornados no sul dos EUA: A tempestade tropical Elsa atingiu partes do SE do EUA com tornados, de acordo com relatos, enquanto continuava o seu caminho em direção a Nova Iorque. Um possível tornado atingiu a Base Naval Submarina de Kings Bay, Georgia, na noite de 7 de julho, resultando em relatos de múltiplos ferimentos e danos. Muitos dos feridos foram levados a instalações médicas locais para tratamento, de acordo com a base. Outros tornados foram registados no norte da Flórida, e no SO da Georgia.

Onda de calor varre a Columbia Britânica: As autoridades canadenses contabilizaram quase 800 mortes entre 25 de junho e 1 de julho, 500 a mais do que o normal para aquele período e provavelmente relacionados ao calor, de acordo com Lisa Lapointe, legista-chefe da província.

Especificamente, a pequena cidade de Lytton, no sul do Canadá, passou a ter um registo sombrio. Uma onda de calor sem precedentes ceifou a vida de centenas ao longo de uma semana e provocou mais de 240 incêndios florestais na Columbia Britânica, a maioria dos quais ainda estão ativos. Agora, os incêndios transformaram uma grande parte de Lytton em cinzas e forçaram o seu povo, bem como centenas ao redor deles, a fugir.

Vítimas em messa de onda de calor nos EUA: Uma onda de calor histórica está a a afetar grande parte do NE do pacífico nos EUA, tornando a seca ainda pior. Portland estabeleceu um recorde histórico de alta temperatura por 3 dias consecutivos. Seatle também bateu o seu próprio recordo, estabelecido no domingo. Do outro lado da fronteira, Lytton, também quebrou recordes históricos no domingo e na segunda-feira, registando temperaturas que estava quase 9ºC acima do normal.

Pelo menos 83 pessoas morreram de doenças relacionadas ao calor em Oregon, e as autoridades estão a investigar outras 32 mortes. No estado de Washington, pelo menos 78 pessoas morreram.

"O calor sem precedentes no NE, combinado com mais uma semana de tempo seco, levou a um agravamento das condições de seca em toda a região", segundo último monitor de secas do EUA. As temperaturas, que variaram de 1 a 6º C acima da média aumentaram a evaporação, "secando ainda mais os solos e a vegetação", exacerbado a seca na região. Altas temperaturas também foram registadas em grande parte da Califórnia e Nevada, e em partes do NE do Arizona, e SO de Utah. Isso inclui cidades como Sacramento, Bakersfield, Las Vegas, Palm Springs e Phoenix. No extremo oposto do país, mais de 40 milhões de pessoas no NE também estão sob advertências de calor, incluindo as áreas metropolitanas de N.Y., Filadélfia e Boston.

Calor extremo severo na Índia: Na Índia, dezenas de milhões de pessoas no noroeste foram afetadas por ondas de calor. O Departamento Meteorológico da Índia classificou na quarta-feira a capital Nova Delhi e as cidades vizinhas como experimentando "calor extremo e severo", com temperaturas constantemente oscilando na casa dos 40 Celsius, mais de 7 Celsius acima da média normal, disse ele. O calor, juntamente com o fim das monções, também está dificultando a vida dos agricultores em áreas como o estado de Rajasthan.

Na Grécia (08-2021): Chamas devastam ilha de Evia ao sexto dia de incêndios na Grécia Segundo as autoridades, há mais de 570 bombeiros a lutar contra o fogo na ilha. Incêndios a Norte de Atenas perdem intensidade, mas as temperaturas altas preocupam.

Os incêndios irromperam em várias zonas do país durante uma vaga de calor que já dura há uma semana, a pior em três décadas. As temperaturas abrasadoras e os ventos quentes criaram um barril de pólvora. Zonas de floresta arderam e dezenas de habitações e de empreendimentos foram destruídos por toda a Grécia.

Incêndios florestais na Rússia: Incêndios florestais de grandes dimensões levam a Rússia a declarar o estado de emergência na região de Karelia, que fica a 150 quilómetros da fronteira com a Finlândia. Outra região fortemente atingida pelas chamas é Yakutia (a região mais fria da Russia), na Sibéria, no nordeste da Rússia. A Rússia tem sido flagelada por incêndios florestais generalizados, imputados a temperaturas invulgarmente elevadas e à negligência das regras de segurança contra incêndios.

Onda de calor na Groenlândia acelera degelo da calota polar: Uma onda de calor na Groenlândia, com temperaturas de mais de 10 graus acima das esperadas nesta época do ano, desencadeou um episódio de derretimento "maciço" do manto de gelo do país esta semana. A advertência foi feita por glaciologistas que observam a área.

Desde quarta-feira (28-07-2021), a calota polar que cobre o vasto território ártico derreteu cerca de 8 bilhões de toneladas por dia, o dobro da taxa média durante o período de verão, de acordo com dados do Portal Polar, uma ferramenta de modelagem administrada por institutos de pesquisa dinamarqueses.

De acordo com um estudo europeu publicado em janeiro, o degelo da camada de gelo da Groenlândia contribuirá para o aumento geral do nível do mar em 10 a 18 centímetros até 2100, o que é 60% mais rápido do que a estimativa anterior. O manto polar da Groenlândia contém o suficiente para elevar os oceanos de 6 a 7 metros.

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O aquecimento global é um dos grandes temas do século XXI, onde os índices e previsões dos principais cientistas não são favoráveis sobre o futuro do ecossistema no Planeta Azul. Os media têm dado forte ênfase sobre o assunto e até mesmo Hollywood aproveita a temática para faturar em cima de super produções, como o filme “Um dia depois de amanhã” (Fox, 2004).

Independente se há, ou não, exageros sobre as previsões do aquecimento global, o tema não pode ser negligenciado. Nos últimos dois séculos o planeta tem sido violentamente agredido pela acção humana não sustentável, onde os processos de industrialização e modernização, além do êxodo rural que inchou cidades, vêm destruindo as principais reservas do planeta.

Mediante esse quadro, qual deve ser o posicionamento da igreja do Senhor sobre o assunto em questão? Os cristãos, de maneira geral, não estão muitos preocupados com as causas ecológicas, isso é um facto incontestável. Pouco e pequenos grupos cristãos tem entendido a importância do cuidado com a natureza, exemplo disso é a Associação “A Rocha” (Mexilhoeira Grande, Portimão).

Cuidar da terra é mandamento bíblico (Gn 1.28; 2.15). Paulo lembra que, por causa do pecado, “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.22). É dever do cristão cuidar da criação de Deus, pois a Imago Dei está na pessoa humana, que é responsabilizada pela responsabilidade de cuidar dos demais aspectos criativos de Deus. Os cristãos devem estar longe da idolatra reinante em alguns ambientalistas espirituosos, mas jamais poderão criar um clima maniqueísta sobre o assunto, sendo de um lado cristãos versus ecologistas.

Há uma realidade urgente e uma obrigação bíblica do cuidado da Terra. Que nenhum cristão esqueça!

O QUE PODEMOS FAZER EM CASA PELO MEIO AMBIENTE

Pequenas mudanças em casa, e do comportamento lá dentro, podem ajudar a minimizar a evolução e os efeitos de outras mudanças, as climáticas. A troca de algumas lâmpadas de espaços mais usados, de incandescentes (aquelas antigas, mais comuns) para fluorescentes ou LED, por exemplo. Isso porque elas gastam menos energia e libertam menos calor (redução de cerca de 75%), têm mais durabilidade (em torno de 8 vezes mais tempo). Ou seja, é mais ecológica e ainda economiza na conta de luz e não precisa voltar à loja para comprar outra (e descartar a velha no lixo) tantas vezes.

Outra atitude interessante é dar preferência a casas ou apartamentos naturalmente iluminados e ventilados. Se possível, faça obras para torná-los mais capazes de usufruir da luz do dia e da temperatura ambiente.

Também só use o ar-condicionado e aquecedores eléctricos se extremamente necessário, ou seja, com bom senso. Não precisa abdicar do seu conforto, mas evite exageros e desperdícios. Mantenha as portas e janelas fechadas quando o ar-condicionado estiver ligado. Limpe ou troque os filtros do aparelho regularmente, observe se o termostato está a funcionar bem e desligando na temperatura certa, e procure tentar consertar o equipamento (assim como os seus demais móveis e eletrodomésticos) antes de jogar fora e comprar outro (o que gera menos lixo e menos atividades poluentes).

A falta de água é outro sério problema a ser enfrentado e que vem ocorrendo cada vez mais em diversas regiões do planeta. Para sua solução, pessoas comuns, com pequenas acções do dia-a-dia, podem ajudar bastante.

A contribuição dos cidadãos é não desperdiçar. Uma maneira de agir, por exemplo, é fechar a torneira enquanto escova os dentes. Já imaginou quanto água é jogada fora sem uso com tanta gente fazendo isso todos os dias? Limpar o quintal todos os dias, ou a calçada em frente de casa, usando a mangueira para jogar água e retirar a sujeira, não dá mais.

Muitos outros pequenos gestos e simples acções poderiam ser mencionadas.

Colecta selectiva de lixo. Separar o que é reciclável (papel, plástico, metal e vidro) do lixo comum. Incentive seu condomínio a fazer o mesmo para todos os apartamentos.

Andar de bicicleta em curtas e médias distâncias e fazer uso de transporte coletivo é, com certeza, algo bom não só para o meio ambiente como também para a sua saúde (exercício físico e menos stress) e a mobilidade urbana. E se for de carro, procure utilizar combustíveis menos poluentes e na contratação de serviços, procure privilegiar empresas de que efetivamente respeitem o meio ambiente.

No que diz respeito aos eletrodomésticos, dê preferência a produtos que apresentam os melhores índices de eficiência energética dentro da sua categoria, estimulando a fabricação de produtos que apresentam mais economia de energia, o que reduz a emissão de gases além de a conta de luz ficar mais barata.

Também não se esqueça da importância de reciclar, reutilizar e reduzir. Vício de consumo ou compras terapêuticas, por exemplo, não são exatamente o caminho de maior respeito pelo meio ambiente.

Escritórios tendem a gastar muito papel. Mas com a evolução tecnológica, isso pode mudar. Tudo depende da atitude das pessoas que ali trabalham. Seja um defensor das práticas de redução de uso de papel. Também incentive o descarte ecológico de equipamentos eletrónicos e baterias. Há sempre um bom programa na praça que deseja estes materiais para reciclagem. Pesquise e solicite a retirada. Ou, se for o caso, faça a remessa. E dê preferência, na hora de repor suprimentos, a produtos reciclados.

Antes de jogar fora um computador, pesquise se não há partes dele que ainda é possível reaproveitar, apenas substituindo sua placa-mães, processador, memória e HD.

Se actua na indústria e tem especialização para tal, esteja atento para dar sua opinião em questões relacionadas a uso de materiais químicos e processos que poluem mais que outros.

Outra ideia: Ao invés do uso de copos descartáveis para café e água, que tal a prática de canecas personalizadas?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Fazer "teologia" ou preparar líderes? - parte 3



Uma proeminente faculdade teológica do Canadá afirmou que estava a preparar líderes para missões e igrejas da fé cristã; estava, na realidade, a preparar "teólogos" para a fé cristã. (Ambos são necessários, mas não devem ser confundidos como sendo a mesma coisa!)

Durante uma das reuniões de uma grande conferência missionária, com aproximadamente 4000 pessoas presentes, alguém da equipa dirigiu-se apressadamente à plataforma levando um bilhete. Ao ler a nota, a fisionomia do dirigente transformou-se. Após alguns momentos, conseguiu recompor-se e anunciou com voz trémula e entrecortada, que um conhecido missionário acabara de falecer após 50 anos de trabalho fiel. Um grande silêncio tomou conta da plateia.

O dirigente exclamou: "Infelizmente não há ninguém para assumir o lugar dele!" Então, com voz embargada, indagou: "Quem se apresentará agora para oferecer a sua vida a Deus a fim de substituir esse grande homem?"

A reunião transformou-se num grande e emocionado apelo para missões. 

Será que aquele homem não foi um fracasso? Não deveriam ter pena desse "grande" homem? Será que nunca aprendeu a preparar sucessores e novos líderes?

SUCESSO PERCEBÍVEL 

SEM SUCESSIVOS SUCESSORES BEM-SUCEDIDOS 

É FRACASSO!

Fazer "teologia" ou preparar líderes? - parte 2


(continuação)

Nas regiões montanhosas do interior da Jamaica, a população tem uma longa expectativa de vida - mas isso tornou-se um problema para a igreja daquele lugar.

O que acontece é que a chamada "liderança" continua nas mãos de homens de 70, 80 e 90 anos de idade ou mais! Acham extremamente difícil passar a tocha da liderança para homens e mulheres mais novos.

Recusam-se a preparar e a capacitar "sangue novo" por várias razões "espirituais" ou "teológicas" como: "Tais jovens não preservarão nossos padrões!", "Devemos proteger a nossa Tradição Bíblica!", "Eles não têm experiência!", "Seus métodos contemporâneos contradirão os de nossos fundadores!", "Poderão cair em pecado, pois assistem vídeos de outros pregadores!", "Podem permitir que as mulheres preguem!", "Podem ter tido algum tipo de envolvimento moral antes de se tornarem cristãos, e isso talvez os desqualifique!" E a lista continua...

A verdadeira razão é que esses "líderes", "teólogos" ou "ditadores benevolentes" mais antigos, temem perder o controlo e estão, de maneira tenaz e absolutista, "gerem" o "status quo", a fim de sobreviver e manter o sistema burocrático vivo e saudável... Mas a realidade é que suas igrejas estão a morrer apesar de "praticarem a teologia fundamental" de modo ortodoxo.


Experiência pessoal:

Na escola sempre gostei de trabalhar sozinho, e ter o controlo nas mãos, pois se assim não fosse já sabia que as coisas não aconteceriam. Nos últimos anos tenho tido a oportunidade de colocar em prática a delegação e levantamento de nova liderança na igreja local. A Igreja não é minha! Não fui eu que fui à cruz por ela! A Igreja é de Cristo e Ele cuida da Sua Igreja. Não estou isento de exercer liderança, mas dou graças a Deus porque tenho outros líderes à minha volta que ajudam na liderança.


Fazer "teologia" ou preparar líderes? - parte 1



São criados inúmeros "monstros teológicos" e os chamamos erroneamente de "líderes".

Existe um denominador comum nas conversas entre líderes, de que há uma crise de liderança. Parecemos competentes e ordeiros no papel, mas a verdade é que vários dos ministérios simplesmente não estão a ir a parte alguma por falta de liderança e de boa gestão, somada à falta de uma boa e adequada comunicação.

Certa ocasião, o porta-voz de um grupo de 600 igrejas e pontos de pregação africanos, disse: 

- "Irmão, não temos mais líderes e estamos em apuros!" 

- "Já tiveram líderes antes?"

- "Ah sim! Tivemos cinco!"

- "E o que aconteceu?"

- "Dois morreram, dois já estão bem idosos e um foi-se embora."

- "Eles não eram os seus líderes!"

- "Claro que eram!"

- "Não, não eram os seus líderes!", insisti.

- "Mas irmão, como pode dizer isso? Eles eram nossos líderes amados! Nós os seguíamos!", contestou ele.

- "Eles não eram seus líderes", expliquei, "eram seus gerentes! Se tivessem sido líderes teriam, desde o princípio, iniciado um processo de desenvolvimento de liderança em sua missão e denominação, em lugar de apenas prepararem diplomados em 'teologia'. Teriam ajudado a fazer nascer, crescer, equipar e capacitar uma nova liderança. Assim não estariam a passar pela crise que agora atravessam. Você e muitos dos seus colegas estariam a preencher essas lacunas na liderança!"

Um profundo silêncio caiu sobre o grupo, pasmo com a ideia da traição por parte dos seus "líderes amados". A seguir, em desespero, ele pediu ajuda e perguntou: 

- "Como poderemos mudar esta situação? Precisamos de líderes hoje!"

- "Vocês não irão tê-los hoje! Mas devem hoje dar início ao processo e talvez, num mínimo de dois anos, começarão a ver um líder surgir aqui, outro ali, alguns crescerem em outro lugar, passando a ver então, algumas soluções para o seu dilema e crise!"

Um ano mais tarde recebi um retorno bastante positivo daquele porta-voz e de vários de seus colegas ("líderes em formação") que haviam participado do curso. Dois deles ministraram o mesmo curso a 89 pessoas. Começaram a ocupar as posições de liderança dentro da denominação.

sábado, 20 de novembro de 2021

A necessidade de uma liderança sádia



Tensão, confusão e mal-entendidos sobre este assunto sobejam tanto nas organizações seculares, como nas organizações religiosas.

Chamamos ao nosso tempo de era da inovação, e a pergunta que está sempre a surgir é: QUEM SERÁ O NOSSO NOVO LÍDER? Quem terá a habilidade de nos conduzir efetivamente por estas mudanças?" As empresas bem-sucedidas estão a substituir cerca de 40% dos seus gerentes e a procurar uma nova liderança. Descobriram que estavam a ser gerenciadas em excesso e lideradas em escassez. Estavam destinadas a tornarem-se uma burocracia estagnada se não injetarem na organização uma nova liderança.

Buscam agora um novo líder que não seja necessariamente o mais forte, o mais hábil, o mais perspicaz e nem o mais popular - deve ser, no entanto, alguém de criatividade e originalidade excecionais. Deve trabalhar com as pessoas, ao passo que os gerentes trabalham com coisas e sistemas. Deve ser alguém que saiba que a verdadeira liderança é motivar outras pessoas em direção a um alvo específico, com o propósito de fazer com que elas se tornem e se sintam bem-sucedidas.

Um futuro mais encorajador poderá ser nosso ao descobrirmos os propósitos eternos de uma liderança transformadora que proporciona visão, direção, mobilização de pessoas e melhoramento dos sistemas e estruturas para alcançar resultados excecionais. O desespero das nossas situações poderá até produzir grandes e efetivos líderes. 

Como Leighton Ford disse: "Talvez a crescente crise mundial ainda possa produzir uma nova onda de liderança."

Esses líderes experientes existem e são de todos os tamanhos e formas: jovens e velhos, homens e mulheres - e poderá detetá-los ao observar que os seus seguidores apresentam sempre um excelente desempenho.

Irá notar ainda que demonstram uma atitude de auto-sacrifício. São, também, pessoas de convicções e de dedicação profundas a uma causa e a um chamado dignos. São aquelas que dizem: "Isso pode e será feito!" Estão dispostas a pagar o preço a despeito do custo! Essas pessoas vão liderar com corações de servos, não para o seu próprio enriquecimento, mas para o benefício daqueles que as seguem. Eles servirão liderando bem.

Don Baker disse bem em seu livro "Liderança - Aprendendo a Fazer Com que Outros Tenham Sucesso": "A liderança, a gestão e a organização foram todos arquitetados por Deus. Os princípios da ordem e o planeamento vêm de Deus e são exemplificados em Cristo. Constituem o padrão de liderança bem-sucedida. Os desempenhos superiores podem ser apresentados por quem quer que decida aprendê-los e esteja disposto a empregá-los."

Muitas vezes falhamos em fazer, desenvolver, preparar e produzir líderes porque nos tornamos excessivamente "espirituais" e demasiado "teológicos" com respeito à maneira de como Deus supre esta necessidade. Tendemos a achar que Deus "estala" os dedos e eis que surge um líder!

Isto acontece porque deixamos, frequentemente, de ver o processo de formação de líderes por trás dos bastidores. Falhamos ainda em perceber que você e eu fazemos parte desse processo.

Por outro lado, parece que estamos a desenvolver ou a produzir uma porção de burocratas teológicos... mas estes não são líderes!

A igreja de Deus e os ministérios a ela relacionados, necessitam desesperadamente de líderes - continuamos, porém, a "orar fervorosamente" para que eles, de alguma forma, surjam de repente! Deixa-me contar-lhe um segredo: eles não surgirão dessa maneira!

Stephen E.J.L. Talitwala, foi presidente da Universidade Daystar no Kenya, disse: "Não é possível produzir um líder cristão instantaneamente mandando-o para um seminário de um dia. Para desenvolver as qualidades essenciais para uma liderança eficaz exige-te tempo e muito trabalho."

Continuaremos este tema...

Se quiser pode deixar os seus comentários sobre este tema...


Leia sobre "Prestação de Contas"

Liderança: prestação de contas



A prestação de contas é frequentemente um princípio visto com maus olhos. Por que? Ela tem sido encarada como algo negativo porque as pessoas a associam à crítica, censura, desaprovação e julgamento. Isso não precisa ser verdadeiro. Em geral, quando a prestação de contas é percebida de forma negativa, nenhuma prestação de contas está a ocorrer. Ela deve ser positiva.

Uma pessoa pode relatar ao seu líder as coisas boas que estão a acontecer. Não é preciso relatar somente as coisas más. Se a pessoa vai prestar contas, deve preparar para o líder um relatório oral ou escrito, formal ou informal, no tocante a todos os aspetos da sua responsabilidade.

O líder deve especificar o conteúdo da prestação de contas exigida. Por exemplo, uma pessoa que é responsável pelo "departamento de vendas" de uma loja de calçados comunica ao seu supervisor que houve um aumento de 50% nas vendas do mês anterior. O líder ficará muito satisfeito em ouvir isso. Houve uma prestação de contas positiva.

A prestação de contas sugere que o subordinado incorra na obrigação de executar um trabalho ou uma função delegada a ele.

A prestação de contas tem sido referenciada como um sistema que permite ao líder gerencial determinar como os departamentos e os subordinados estão a trabalhar. A consequência é que os departamentos subordinados e os seus gerentes tornam-se mais responsáveis pelas suas ações, decisões e desempenho. Alguns não farão objeção a tal prestação de contas, mas outros, especialmente aqueles que não estão a fazer um bom trabalho, resistirão.

Se um líder reserva períodos regulares para se reunir com o seu pessoal, pode criar uma atmosfera mais favorável para a prestação de contas. Pode encorajar quando uma pessoa está desanimada; pode dar conselhos quando necessário; pode reconhecer um trabalho quando este for bem feito.

Por que as pessoas acham a prestação de contas tão difícil? O medo é um dos maiores obstáculos. Elas temem o fracasso. Algumas vezes, não compreendem a prestação de contas. Imaginam que, uma vez que estão a trabalhar numa organização de voluntários, numa igreja, ou a "fazer a obra do Senhor", não há como exigir prestação de contas. Algumas pessoas crêem honestamente que exigir o prestar contas não é "cristãos". Frequentemente há a desculpa: "As pessoas não fazem o que esperamos; elas fazem o que inspecionamos".  Acredita-se que isso seja algo manipulador e antibíblico.

Cada um de nós tem três tipos de prestação de contas em nossas vidas:

1 - A obrigatoriedade de prestar contas embutida na situação, sociedade, cultura e ambiente no qual nascemos - Em todo o país, cultura e sociedade, há leis e códigos de conduta fundamentais, os quais precisamos seguir se quisermos ser cidadãos responsáveis. Prestamos contas de nossas ações e, se violarmos tais leis e códigos de conduta, sofreremos as consequências.

2 - A responsabilidade que aceitamos quando nos unimos a uma organização, tal como carreira, igreja local, empresa, ministérios, etc. - Ao nos afiliarmos a tais organizações, aceitamos certas responsabilidades. Isto, por seu turno, significa que concordamos numa certa prestação de contas. Esse tipo de prestação de contas é frequentemente o mais resistido ou o menos estabelecido e cumprido.

3 - A prestação de contas que voluntariamente fazemos aos outros - Esta pode ser a mais eficiente, já que, por natureza, tendemos a apresentar um desempenho melhor quando os objetivos são estabelecidos por nós mesmos. Este tipo de prestação de contas ocorre quando o líder e o subordinado decidem juntos e partilham do estabelecimento de seus próprios alvos.

Procure o seu líder, e preste contas!

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Oração através do Espírito Santo, parte 1



A relação entre o fundador do Cristianismo, o Senhor Jesus Cristo, e sua igreja continua até hoje. Esse relacionamento é um milagre porque a única maneira de funcionar é por meio da pessoa do Espírito Santo. Mas essa realidade também ocorreu na continuidade entre Moisés e os 70 anciãos, entre Elias e Eliseu, e entre Job e suas filhas. O Espírito Santo torna o discipulado possível hoje, e esse relacionamento continua desde os primeiros discípulos até a igreja hoje.

A prova de que o Espírito Santo tem sido o grande mestre de todo o discipulado é a maneira como o cristianismo tem continuado ao longo dos tempos. É impossível que uma obra permaneça perfeita e intacta quando passada de uma geração a outra, a menos que a intervenção seja divina. E é exatamente isso que temos hoje por meio do Espírito Santo. Portanto, é o Espírito Santo e nossa comunhão com ele que torna possível todo discipulado em Cristo.

Normalmente associamos a relação do Espírito Santo com experiências de natureza espiritual ou a atividade de dons espirituais, especialmente em nossos círculos pentecostais ou carismáticos. No entanto, a obra do Espírito Santo está mais ligada à continuidade do discipulado do que a qualquer outra coisa, como ensina João 14:26. Este versículo ensina que o Espírito Santo traria à nossa mente os ensinamentos de Jesus. Quando uma pessoa é cheia do Espírito Santo, a primeira sugestão é continuar a obra de Cristo. Isso é o que aconteceu quando o Espírito Santo desceu sobre os discípulos em Atos 2. Em última análise, é o relacionamento com o Espírito Santo que cria e garante todo o discipulado.

Vamos continuar a pedir ao Espírito Santo para nos tornar discípulos de Cristo.

David Platt detona 'cristianismo superficial': Uma versão 'muito distorcida' da Bíblia está 'sendo vendida'



O pastor David Platt, da Igreja Bíblica McLean, na Virgínia (EUA), disse à sua congregação no domingo que é crucial que mais cristãos se afastem de praticar "uma imagem falsa e superficial do cristianismo" e comecem a "abraçar uma imagem bíblica do cristianismo".

Os crentes podem fazer isso, disse ele, "não encolhendo de volta no medo quando confrontados com desafios que podem vir ao espalhar o Evangelho de Jesus Cristo para lugares remotos do mundo".

Durante a parte cinco de sua série de sermão, intitulada "Seguindo Jesus: Fé que Muda Vidas em um Mundo de Necessidade Urgente",Platt compartilhou uma lista de desafios que os missionários frequentemente encontram.

Os desafios, segundo ele, consistem, mas não se limitam a: "desafios naturais, desafios geográficos, desafios políticos, conflitos, guerras, desafios de desenvolvimento, instabilidade econômica, analfabetismo, falta de acesso à água limpa ou medicina, desafios sociais, escravidão, tráfico, violência, crime, tensão étnica, realocação de refúgios, desafios linguísticos e perseguição".

"Nós dissemos antes que pessoas são difíceis de alcançar. São difíceis de alcançar e, em alguns casos, perigosos de alcançar", explicou Platt em seu sermão.

"Alguns de vocês podem olhar para esta lista [de desafios enfrentados pelos missionários] e ser como, 'OK, você oficialmente me convenceu a sair dela.' Se for você, eu faria a pergunta seguinte: "Que tipo de cristianismo você comprou? Quem lhe disse que seguir Jesus levaria a um maior conforto e facilidade neste mundo? Porque isso não veio deste Livro", disse Platt enquanto segurava sua Bíblia. "Isso veio de uma versão muito distorcida deste Livro que está sendo vendido em toda a nossa cultura."

Platt disse que muitos cristãos precisam de Deus para apontá-los para a realidade de que "a maior necessidade de cada pessoa no mundo é ser perdoado por seus pecados". No entanto, ele disse que, para se reconciliar com Deus, uma pessoa precisa primeiro ouvir o Evangelho de Jesus Cristo.

Platt enfatizou a importância dos cristãos não terem medo das dificuldades que poderiam enfrentar enquanto espalham o Evangelho para lugares remotos porque, segundo ele, "há 3 bilhões de pessoas no mundo que nunca ouviram a Palavra de Deus, e não terão seus pecados perdoados se nunca ouvirem o Evangelho".

"Deus fez um caminho para que os humanos fossem perdoados por todo o seu pecado, para se reconciliarem com Ele, com a vida eterna, através da fé em Jesus, pelo que Ele fez na cruz, sua ressurreição do túmulo", sustentou. "Fomos ordenados a mostrar o amor de Deus em um mundo de sofrimento terrestre e, finalmente, fomos ordenados a proclamar o Evangelho de Deus para evitar que as pessoas sofressem eternamente - para afastar as pessoas do Inferno."

70% dos cristãos dizem que outras religiões podem levar ao Céu



Quase 70% dos cristãos discordam da posição bíblica de que Jesus é o único caminho para Deus, de acordo com uma nova pesquisa da Probe Ministries, uma organização sem fins lucrativos que busca ajudar a Igreja a renovar a mente dos crentes com uma visão de mundo cristã.

A pesquisa, que analisou crenças e atitudes religiosas em relação aos comportamentos culturais, entrevistou 3.106 americanos entre 18 e 55 anos de todos os grupos religiosos, incluindo 717 entrevistados que se identificaram como cristãos "renascidos".

Os entrevistados foram identificados com base em sua resposta afirmativa à pergunta: "Você já fez um compromisso pessoal com Jesus Cristo que ainda é importante em sua vida hoje?" Eles também foram identificados por sua crença sobre o que acontece depois que eles morrem. Os crentes "renascidos" concordam que "irei para o Céu porque confessei meus pecados e aceitei Jesus Cristo como meu Salvador".

Apesar dessa afirmação dos auto-identificados cristãos renascidos no estudo, no entanto, entre todos os entrevistados de 18 a 39 anos, que professam uma afiliação com alguma religião, menos de 1 em cada 5 deles discordam fortemente da afirmação de que Muhammad, Buda e Jesus ensinaram maneiras válidas a Deus.

Ainda assim, cerca de 60% dessa coorte disse que compartilhavam sua fé com outra pessoa pelo menos anualmente com a intenção de convertê-las.

"Se você acha que há várias maneiras de o Céu, por que você quer sair do seu caminho para converter alguém à sua religião? É claro que você pode estar compartilhando com uma pessoa não filiada que precisa escolher uma religião válida", observou Steve Cable, vice-presidente sênior da Probe Ministries, em sua análise dos dados.

A pesquisa também constatou que entre as principais razões dadas pelos cristãos renascidos para não contar aos outros sobre sua fé está a aceitação do pluralismo. Quando perguntados por que não compartilham suas crenças com os outros, os entrevistados voltaram a escolher "Eles podem chegar ao Céu através de suas diferentes crenças religiosas", "Não devemos impor nossas ideias aos outros", e "A Bíblia nos diz para não julgar os outros" como suas três principais respostas, respectivamente.

"À primeira vista, isso pode parecer surpreendente. Mas em uma cultura onde o pluralismo é uma parte dominante de todos os grupos religiosos, começa a fazer sentido. E as razões pluralistas foram dominantes, atraindo cerca de dois terços da população em todos os grupos religiosos", disse Cable.

Cable argumentou que pastores e igrejas precisam fazer da exclusividade de Jesus como a única maneira de o Céu um foco mais forte no ensino de suas congregações, a fim de empurrar para trás contra a maré do pluralismo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Os Sete Desafios Mais Comuns para Igrejas na Segunda Onda do COVID



Ainda se lembra da emoção quando os dados começaram a apontar para uma diminuição do COVID? Os internamentos caíram. As mortes estavam a diminuir Escritórios e lojas estavam a reabrir. Os uso das máscaras estava a diminuir. As pessoas voltaram a reunir-se.

E então veio a segunda grande onda de COVID. A variante Delta espalhou-se mais rápido e causou mais infecções. O mundo foi surpreendido pelo vírus. Os negócios estão abalados. As escolas estão se perguntando o que fazer. E as igrejas, mais uma vez, estão no meio deste desafio.

Aqui estão os sete desafios mais comuns que vemos com as igrejas:

1. Maior polarização e divisões. Na primeira onda de COVID, as igrejas enfrentaram divisões sobre política, máscaras, reagrupamento, serviços de streaming e distanciamento físico. Todas essas divisões ainda existem, mas a polarização sobre as vacinas foi adicionada à mistura.

2. O cansaço se expandiu. Estamos todos cansados. Os líderes da Igreja particularmente sentem o esgotamento de lidar com tantas questões. Tanto os líderes da igreja quanto os membros podem ficar irritadiços e críticos como consequência de sua exaustão.

3. Crescimento do cansaço de tomadas de decisões. Falamos com inúmeros pastores que nos dizem que a maior surpresa da pandemia como líder da igreja foram todas as novas decisões que eles tinham que tomar. Toda semana, muitos líderes da igreja são confrontados com a coleta ou não, máscaras ou sem máscaras, e outras questões exclusivas da pandemia.

4. Desesperança generalizada. A primeira grande onda de COVID não teve a sensação de desesperança endêmica com a segunda onda. Você sentiu no primeiro round que seria mais e feito, mesmo que levasse um ano ou mais. A segunda onda tem sido um verdadeiro desafio. Muitos líderes da igreja se encontram lembrando seus membros da igreja da esperança de Cristo mais do que jamais tiveram.

5. Confusão sobre o caminho a seguir. Com a primeira onda de COVID, os líderes da igreja expressaram confiança em um dos dois caminhos a seguir. Uma perspectiva era que as igrejas retomassem suas práticas como eram antes da pandemia. A segunda e maioria era que as igrejas enfrentariam um novo normal e devem aprender a se ajustar. Mas os líderes da igreja hoje se perguntam se alguma estabilidade está no horizonte. Parece haver mudança após mudança sem tempo para recuperar o fôlego.

6. Estruturas denominacionais desestabilizadoras. Igrejas que fazem parte de uma denominação tiveram que lidar com a realidade de que o nível de recursos e ajuda não era quase o que era no passado. Mesmo antes do COVID, a maioria das estruturas denominacionais estavam encolhendo. Mas com a segunda onda, vemos muitas estruturas denominacionais desestabilizando. Eles não sabem o seu próprio futuro, por isso muitas vezes eles estão em uma perda para ajudar as igrejas que servem.

7. Grandes mudanças de pessoal nas igrejas. Com a primeira onda de COVID, vimos muitas igrejas reduzirem os custos com pessoal. Esta segunda onda parece estar inaugurando uma nova era onde os líderes da igreja devem repensar tudo sobre funcionários em tempo integral e meio período. A era do ministério bi-vocacional e co-vocacional chegou rapidamente. Provavelmente não haverá um novo normal tão cedo, se alguma vez.

É claro que as igrejas sobreviveram a desafios maiores e sofreram mudanças maiores nos últimos 2.000 anos. Muitas igrejas sobreviverão. Alguns prosperarão. E alguns morrerão.


Fonte: AQUI

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Liderar a Igreja para o após-Covid (5)



SEIS RAZÕES QUE O SEU PASTOR PODE ESTAR PRESTES A DESISTIR

Uma grande percentagem de pastores têm pensando em abandonar as suas igrejas. Alguns estão a apenas a alguma semana de distância de fazer o anúncio. Eles estão à procurar de trabalho no mundo secular. Alguns passarão para o ministério bivocacional.

Este período de pandemia resultou num grande desânimo. A desistência está  conectada ao COVID-19, mas a pandemia realmente exacerbou tendências já existentes. Independentemente à pandemia provavelmente chegaríamos a este ponto nos próximos três a cinco anos.

Alguns desses pastores não acham que estarão a deixar o ministério. Eles apenas acreditam que no estado actual de negatividade e apatia em muitas igrejas locais não há terão as condições mais continuar no ministério.

Então, eles estão a sair ou se preparar para sair. Existem muitas razões para isso, mas permitam-me compartilhar os seis principais motivos, entendendo que eles não são mutuamente exclusivos.

1 - Os pastores estão cansados ​​da pandemia, assim como todos outros. Os pastores não são super-humanos. Eles perderam as suas rotinas. Eles sentem a falta de ver as pessoas como costumavam ver. Elas gostaria que o mundo voltasse ao normal, mas eles percebem que o "velho normal" não vai voltar.

2 - Os pastores estão muito desanimados com a enorme quantidade de decisões a serem tomadas no pós-quarentena. Fazer as reuniões presenciais ou esperar? Máscaras ou não máscaras? Distanciamento social ou não? Muitos membros da igreja adoptaram posicionamentos complicados de gerir. Os pastores lidam diariamente com reclamações sobre as decisões que a igreja toma.

3 - Os pastores ficam desanimados com a perda de membros e comparecimento nos cultos. Com certeza, nem tudo se trata de números. Mas imagine se metade ou mais de seus amigos parasse de se relacionar consigo. E os pastores já ouviram direta ou indiretamente que cerca de 25% dos membros não planeiam retornar de forma alguma.

4 - Os pastores não sabem se no futuro as suas igrejas serão capazes de apoiar financeiramente os vários ministérios. No início, nos estágios da pandemia, doar foi amplamente saudável. Os membros da igreja intensificaram. A infusão de fundos governamentais para as empresas e consumidores também ajudaram. Agora, o futuro financeiro está nublado. A igreja poderá continuar a apoiar os ministérios que eles têm? A igreja precisará eliminar despesas? Essas questões pesam muito sobre os pastores.

5 - As críticas contra os pastores aumentaram significativamente. Um pastor recentemente compartilhou o número de críticas que ele recebeu são cinco vezes maiores do que na era pré-pandemia. Os membros da igreja estão preocupados. Os membros da igreja estão cansados.  E o alvo mais conveniente para sua angústia é o pastor.

6 - A carga de trabalho dos pastores aumentou muito. Quase cada pastor expressa surpresa em seu nível de trabalho desde o início da pandemia. Isto realmente faz sentido. Eles estão a tentar servir a congregação do jeito que eles faziam no passado, mas agora eles têm a responsabilidades adicionais que vieram com o mundo digital. E, como era esperado, as necessidades de cuidado pastoral entre os membros têm também aumentado durante a pandemia.

Os pastores estão esgotados, feridos e oprimidos. 

Muitos estão prestes a desistir.

Poderá ficar surpreendido ao descobrir que o seu pastor está entre eles.

Mas, em meio a todos esses desafios, há uma abundância de oportunidades. Deus não acabou com a Sua Igreja. Avancemos em direcção aos incríveis campos missionários que temos à nossa frente.

Liderar a Igreja para o após-Covid (4)



PORQUE OS SEUS MEMBROS DA IGREJA, DURANTE A PANDEMIA, PARECEM HOSTIS AO REGRESSO?

Nas primeiras semanas de quarentena havia sensivelmente três perguntas no ar. Uma delas era: “Quando acham que poderemos voltar aos serviços presenciais?”

À medida que várias igrejas começaram a se reunir, a questão tornou-se: “Quando mais membros de nossa igreja retornarão aos serviços presenciais?”

Actualmente a pergunta mais comum é: "Porque tantos de nossos membros de igreja estão hostis aos regresso?"

A resposta pode parecer óbvia, pois estamos a experimentar uma pandemia única na vida. Afinal, quem não estará preocupado, frustrado e com incertezas? Não há uma resposta simples para esta última pergunta.

Na verdade, estamos a descobrir que o "factor desagradável" é mais complexo do que parecia inicialmente. Aqui estão alguns dos factores que colocam os membros da sua igreja preocupados e de mau humor:

1 - Eles estão cansados. O cansaço acumulado da pandemia é revelador. Alguns estão cansados ​​porque alguns entes queridos e amigos tiveram COVID. Alguns estão apenas cansados ​​por causa da pandemia em em geral.

2 - Eles estão confusos. É difícil conseguir uma história consistente sobre o COVID. Mesmo os especialistas e as organizações que supostamente deveriam ter o conhecimento a respeito não parecem estar na mesma página. Isto é ao mesmo tempo confuso e frustrante.

3 - Eles estão com medo. É fácil dizer a um crente que ele não deve ter medo. É um desafio lutar contra o medo com a enxurrada de más notícias que recebemos todos os dias pelos media, e não só.

4 - Eles sentem que perderam a sua igreja. De alguma forma, eles perderam a sua igreja. Provavelmente não voltará a ser igual à era pré-pandemia.

5 - Eles estão cansados ​​das lutas culturais. 

6 - Eles vêem muita negatividade nas redes sociais. De fato, o Facebook e outras redes sociais podem ser prejudiciais para a sua saúde mental e emocional. Os media é uma ampliação para a negatividade. 

7 - Eles sentem falta de se reunir com os seus amigos na igreja. A igreja é o povo, não o edifício. Mas a igreja deve se reunir, e encontros digitais apenas não substituíram suficientemente a adoração pessoal.

8 - Eles perderam o seu foco. Quando estamos concentrados em nós mesmos não estamos concentrados em alcançar e ministrar aos outros. Uma igreja focada em si mesma é uma igreja hostil.

9 - Eles lamentam que os seus padrões regulares tenham sido interrompidos. Mesmo o mais predisposto para a mudança precisa de algum tipo de rotina em sua vida. Muitas de nossas rotinas têm sido totalmente interrompidas pela pandemia.

Se sentir que os membros da sua igreja estão a ficar um pouco intratáveis, provavelmente estará certo. Na verdade, você como líder de igreja pode estar a lutar com alguns desses mesmos problemas.

Uma nota final para concluir: muitos pastores estão prontos para sair. Se é pastor, se identificará com muitos dos motivos. Se não é pastor, ore pelos pastores ao redor do mundo.


continua...

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Liderar a Igreja para o após-Covid (3)


OS DESAFIOS DE UMA IGREJA EM FASE PANDÉMICA

O cristão extrovertido está desejoso de retomar a interacção com outros membros da igreja. Ele ou ela prospera em encontros pessoais e conversas. O introvertido, no entanto, tem visto poucas pessoas e interagido com poucas pessoas durante a quarentena. 

Os membros da igreja têm diferentes fontes de autoridade sobre o coronavírus. Parte disso pode estar relacionado a tendências políticas. Para outros, podem ter outros parecer a respeito do assunto devido ao tipo de notícia que chega através dos media. Outros, eles ouvem certos amigos e familiares.

Caso não tenha notado, existem muitas opiniões diferentes a respeito do assunto.

A idade e a saúde podem ser factores de opiniões divergentes. Dois dos temas comuns sobre COVID-19 têm sido a vulnerabilidade da população idosa e aqueles com problemas de saúde subjacentes. Não seria inesperado que esses dois grupos sejam mais propensos a preferir um regresso aos cultos presenciais mais tarde. 

Os pais com filhos pequenos poderão decidir adiar o regresso aos cultos presenciais. Boa quantidade de igrejas não está a separar as crianças dos cultos de adoração para adultos. Alguns pais hesitam em trazer o crianças aos cultos de adoração por razões de saúde.

Atitudes pessoais em relação à mudança afectam as opiniões sobre os cultos presenciais. Por exemplo, se um membro da igreja é resistente a mudanças espera que a igreja promova cultos adicionais que permitam o distanciamento social, ou poderá preferir esperar até que a igreja possa voltar ao "normal".

Os membros da igreja receptivos a mudanças, no entanto, muitas vezes estão ansiosos para experimentar novos serviços e novas ideias. Eles estarão prontos para voltar e experimentar as novas abordagens.

Como líderes não podemos agradar a todos, todos os tempos. O líder deve seguir o caminho que julga ser o melhor para a igreja local e para a saúde de quem vai comparecer. Ouça as vozes da sabedoria. Ore e Deus honrará a sua decisão e protegerá todos os envolvidos.

CINCO TIPOS DE CRISTÃOS QUE NÃO VOLTARÃO APÓS A QUARENTENA:

É uma das perguntas mais comuns que recebemos dos líderes da igreja: "Todos os membros da igreja retornarão aos cultos presenciais?" Os líderes não gostam da minha resposta: "Infelizmente não!"

É uma realidade que os líderes e membros da igreja hesitam em aceitar. Para a maioria das igrejas, nem todos os membros da igreja que frequentavam antes da pandemia voltará. Na verdade, estudos realizados a membros da igreja e líderes da igreja indicam algo entre 20% e 30% dos membros não retornarão à sua igreja.

De uma perspectiva de frequência, se 20% de uma igreja com um atendimento pré-pandémico de 200 não voltam, a nova realidade de atendimento haverá 160 participantes depois que todos se sentirem seguros para retornar. Os líderes podem fazer as contas para a sua própria igreja.

Então, quem são esses membros da igreja que não retornarão? Porque eles não voltarão? Aqui estão os cinco tipos de cristãos que abandonarão. Os grupos não são mutuamente exclusivos; pode haver uma sobreposição significativa.

1 - Os membros com comparecimento decrescente. Estes eram os seus membros que, ao mesmo tempo, frequentaram a igreja quase quatro vezes por mês. Antes da pandemia, sua frequência de a frequência diminuiu para duas vezes por mês ou mesmo uma vez por mês. A COVID acelerou as suas tendências. Eles agora estão frequentando zero vezes por mês.

2 - Os membros desconectados com a igreja. Se um membro da igreja está em um grupo pequeno, sua probabilidade de retornar é alta. Se eles comparecerem apenas ao culto de domingo, a sua probabilidade de comparecimento é muito mais baixa. Por favor, deixe esta realidade ser uma forte motivação para enfatizar os pequenos grupos presenciais, uma vez que todos se sintam seguros para retornar.

3 - Os membros da igreja que consideram a igreja como outra actividade. Esses membros da igreja vêem a frequência à igreja como mais uma actividade equivalente ou inferior a outras actividades pessoais. Eles eram os membros da igreja que iam aos cultos quando não havia nada mais importante para fazer, e faltavam aos cultos quando havia jogos de futebol de domingo de seus filhos. O compromisso com a igreja era uma baixa prioridade antes da pandemia. Eles não têm nenhum compromisso na era pós-quarentena.

4 - Os membros da igreja constantemente críticos. Esses membros da igreja sempre tiveram algumas reclamações a fazer. Eles estarão provavelmente ainda a reclamar, embora não tenham retornado para os cultos presenciais. Muitos deles não retornarão de forma alguma. 

5 - Os membros culturais da igreja cristã. Eles faziam parte de um grupo em declínio muito antes da pandemia. Eles eram aqueles membros da igreja que provavelmente não eram cristãos, mas vinham à igreja para ser aceito culturalmente. Hoje existem poucas expectativas culturais para as pessoas irem à igreja. Esses cristãos culturais aprenderam durante a pandemia que não é grande coisa perder a igreja. Não será grande perda para eles nunca mais voltar.

Os líderes e membros da igreja, no entanto, não devem se preocupar com essas perdas. Sua igreja local tem a oportunidade de escrever o seu futuro numa folha em branco, e esses membros da igreja realmente não tinham planos de ser uma parte desse futuro de qualquer maneira.

Como líder pode sentir a dor das perdas; isso é normal. Mas Deus tem um plano para sua igreja abraçar, uma nova realidade. Caminhe nesse futuro divino com confiança. Deus é dono da igreja local. Ele tem a sua vida em Suas mãos.

Antes de chegarmos às estratégias para liderar com eficácia num mundo pós-COVID, no próximo artigo vamos dar uma olhada em alguns lembretes porque os membros da sua igreja podem parecer hostis. É um momento difícil para eles também.

(continua)


terça-feira, 20 de julho de 2021

Liderar a Igreja para o após-Covid (2)



À medida que este estudo continua, sugiro que cada pastor trabalhe com a sua liderança local, a fim de preparar a sua igreja local para os tempos presentes, ou futuros. Continuemos...

- A regra de 80% se tornará a regra de 60% para reuniões de adoração. A regra dos 80% dizia que um centro de adoração com capacidade para 200, sente-se cheio em 160 (80%). A regra de 60% diz que a congregação vai querer mais distanciamento social e, portanto, o centro de adoração com capacidade para 200 chegará ao seu capacidade de distanciamento social em 120.

- O impacto económico negativo nas igrejas pode ter efeitos duradouros. Os líderes da igreja devem iniciar discussões sobre "e se?" E se a nossa oferta fosse reduzida em 30% nos próximos anos? Que ajustes faríamos? Na verdade, estamos a começar a ver mais e mais igrejas fazerem significativas mudanças nos seus orçamentos.

- Infelizmente, o distanciamento social mudará permanentemente algumas das tradições em muitas igrejas. Levantar e cumprimentar se foi e não deverá  retornar na maioria das igrejas. Os abraços na igreja poderão não ser mais tolerados. Até mesmo os apertos de mão poderão vir a ser minimizados. Esta é a realidade provável que nós enfrentamos.

- A taxa de mortalidade de igrejas vai piorar. Muitas igrejas estão apenas a aguentar. Algumas igrejas não sobreviverão às consequências da pandemia, e poderão deixar de existir. A taxa de mortalidade das igrejas aumentará significativamente. Essas mortes podem ser mitigadas, no entanto, com um foco intencional em adopção e promoção de igrejas.

- A adopção e promoção da igreja aumentarão significativamente. Eu me dirijo a esta questão posteriormente neste artigo. A adopção da igreja ocorre quando uma igreja mais saudável adopta as pessoas e os bens de uma igreja que luta para manter-se activa. A igreja adoptada torna-se uma congregação da igreja adoptante. A promoção de igrejas é o processo onde uma igreja mais saudável fornece assistência e recursos para uma igreja que luta por um definido período, normalmente menos de um ano. 

- As igrejas irão rapidamente adoptar mais práticas virtuaisMuitas igrejas têm resistido à migração para o mundo virtual, mas o coronavírus levou muitas congregações a uma imersão rápida na era digital. A inicial incursão tem sido passar para doações digitais mais plenamente e para transmitir alguma forma de serviços de adoração. Mas o coronavírus é o ponto de inflexão de muito mais por vir no mundo digital. Na verdade, essa mudança pode ser a mais profunda de todas as mudanças que as igrejas enfrentarão após o coronavírus não ser mais considerado uma pandemia.

O REGRESSO AOS CULTOS PRESENCIAIS

Existem muito poucas organizações além das igrejas que se reúnem com um grande grupo de pessoas todas as semanas. 

Podemos observar que a frequência é significativamente menor do que na era pré-quarentena. Neste ponto, metade das igrejas têm uma participação de 60% de fiéis ou menos do que os números da pré-quarentena. Raramente ouvimos falar de uma igreja que tem uma frequência de 80% ou mais. Por enquanto, essas igrejas são as excepções.

Podemos actualmente também observar que inúmeros adultos idosos estão entre os mais ansiosos para retornar aos serviços presenciais. Esta tendência está a ir contra as expectativas iniciais. Pensava-se que a maioria dos adultos mais velhos seriam os últimos a retornar aos cultos presenciais devido a potenciais problemas de saúde. Contudo muitos destes idosos voltaram e os líderes têm estado preocupados em como ministrar-lhe espiritualmente e protegê-los fisicamente.

Quando a pandemia começou, muitas igrejas tiveram que apertar o botão de pausa numa série de actividades. Um das consequências positivas é que alguns membros negativos deixaram de estar presentes na vida activa da igreja. Com o retorno dos cultos presenciais, o confinamento terminou e menos negativistas estão a regressar. Este problema será abordado com mais detalhes no próximo item.

A maioria das igrejas têm procurado ser criativas. As igrejas estão a procurar aumentar o seu espaço de culto para permitir o distanciamento social. Algumas estão a adicionar outras situações, como por exemplo, fornecer soluções à população onde estão inseridas. A necessidade por espaço extra foi agravado pela vinda de crianças aos cultos de adoração que anteriormente eram segregadas em sua própria área classificada por idade.

Com certeza, a maneira como as igrejas estão a voltar está a mudar regularmente. Muitas igrejas irão, sem dúvida, mudar à medida que os líderes da igreja tornam os ajustes necessários para enfrentar os novos desafios.

Vamos olhar para a frente e ver onde as igrejas estarão num futuro próximo.

COMO AS IGREJAS MUDARÃO NO FUTURO PRÓXIMO:

Eu não sou profeta, mas é o que será dito é resultado da análise de dezenas de milhares de igrejas líderes todos os anos. Embora seja reconhecidamente difícil projectar tendências em tempos típicos, é extremamente difícil fazê-lo numa época de pandemia que se encaminha para, espero, uma era pós-quarentena. 

Permitam-me aventurar-me onde as igrejas locais estarão no futuro próximo:

Pelo menos 20% daqueles que compareciam antes da pandemia não vão voltar para a igreja. Claro, este número vai variar de igreja para a igreja, mas os primeiros indicadores apontam para esse nível de perdas. Alguns dos ex-participantes presenciais se tornarão participantes exclusivamente digitais. A maioria deste grupo, no entanto, não voltará a comparecer.

Muitos pastores deixarão o ministério vocacional nos próximos tempos do que qualquer momento da história recente. Os pastores estão em sofrimento. Geralmente não é só um ou alguns factores que empurram os seus limites, é o efeito gota a gota das críticas constantes e os conflitos que eles experimentam. Estão em contínua pressão e o desânimo tem sido exacerbado pelas incríveis pressões trazidas pela pandemia. Este tema será abordado em breve.

As igrejas passarão a dar uma nova ênfase ao crescimento por conversão. As igrejas têm sido discretamente desobedientes à Grande Comissão nas últimas três décadas. Estamos vendo sinais de uma nova chamada de despertamento. Os líderes das igrejas estão cada vez mais convencidos de que devem liderar as suas igrejas para alcançar aqueles que não são crentes em Cristo. Os membros da igreja estão a reflectir essa mesma convicção e compromisso. A maioria do crescimento das igrejas, nas últimas três décadas, tem sido o crescimento da transferência de cristãos de uma igreja para outra. Essa triste realidade está prestes a mudar.

As igrejas vão começar mais igrejas, muitas delas como micro-igrejas (congregações). As igrejas estão a mudar de crescimento vertical (ter o máximo de comparências em um só lugar aos domingos de manhã) para crescimento horizontal (crescimento para além de um lugar ao domingo de manhã). Muito desse novo crescimento incluirá o início de micro-igrejas, congregações de cerca de 25 a 30 pessoas. 

Dois movimentos crescerão rapidamente: adopção de igreja e igrejas apoiantes. Haverá mais igrejas não saudáveis ​​que precisarão de ajuda nos próximos tempos. Haverá mais igrejas sem pastores. Algumas dessas igrejas serão adoptadas; elas serão absorvidas por outra igreja adoptiva. Outras serão apoiadas por uma igreja mais saudável por um curto período. Este tema será mais desenvolvido em frente.

Embora tenha se tornado uma "frase feita" dizer que estamos a viver tempos sem precedentes, a verdade é que estamos a viver em tempos sem precedentes. As organizações que vêem esta nova realidade como uma oportunidade realmente verá possibilidades ilimitadas.

Essa perspectiva é especialmente verdadeira para as organizações que chamamos igrejas.

É um momento desafiador. É um momento emocionante.

Os próximos tempos serão incrivelmente reveladores para o futuro das comunidades cristãs em todo o mundo.

(continua)

Liderar a Igreja para o Após-Covid (1)


Uma das perguntas mais frequentes que os líderes da igreja fazem é: "Como faço para liderar a minha comunidade de fiéis neste novo mundo após a pandemia? ” 

Na verdade, tudo parece diferente. Quase tudo parece difícil. Liderar uma igreja já não é o que costumava ser.

Enquanto os líderes lidam com a mudança em ritmo acelerado da cultura e suas igrejas, eles precisam ter em mente que algumas coisas não têm que mudar nem irão mudar. A Bíblia ainda é a Palavra de Deus. Jesus ainda é o único meio de salvação. As pessoas ainda precisam ouvir as boas novas de Cristo. Seguidores de Cristo ainda precisam crescer como discípulos.

Embora as verdades eternas não tenham mudado, como nós fazemos o trabalho do ministério mudou de forma incrível. Quem teria pensado nas visualizações do Facebook para serviços de adoração em streaming seria comum em muitas das igrejas em todo o mundo? Quem teria pensado que, pelo menos por uma temporada, teríamos que medir os nossos centros de adoração para acomodar as pessoas com distanciamento social? Quem teria pensado que as nossas igrejas iriam ter intensos esforços para mover o maior número possível de membros da igreja para os donativos digitais?

Este artigo está dividido em três secções principais. Começamos com uma visão geral da igreja pós-COVID. Esta secção inclui uma previsão de como as igrejas serão num futuro próximo, e em cinco anos. Veremos algumas das primeiras lutas das igrejas na segunda secção. Concluiremos o artigo com algumas estratégias e questões importantes que podem ajudar a igreja a seguir em frente.

Sim, estes são tempos desafiadores para os líderes da igreja. Estou convencido de que Deus está a  preparar a Igreja igrejas para um novo tempo e novas oportunidades. Em todos os grandes desafios que a Igreja enfrentou nos últimos 2.000 anos encontrou o poder e os caminhos de Deus. A Igreja prevalecerá. 

UMA VISÃO GERAL DA PANDEMIA E DA IGREJA 

Os líderes e membros da Igreja, com razão, deram muita atenção  ao coronavírus. Os serviços religiosos presenciais foram cancelados. Pequenos grupos se reuniram digitalmente, se é que o fizeram. Os líderes da Igreja exortaram os membros para apoiar a igreja financeiramente por meio de doações por meios digitais. Igrejas procuraram maneiras de ministrar às suas comunidades no meio da pandemia.

Sou grato pelas respostas e pelo coração carinhoso de tantos membros da igreja. Em meio a um grande desafio, é emocionante e reconfortante ver pessoas que realmente se importam.

Esperançosamente, em breve, o coronavírus será vencido. E estou desejoso de ver como as igrejas serão depois desta fase pandémica. 

Aqui estão alguns desenvolvimentos prováveis: 

- A doação não digital se tornará uma excepçãoMenos pessoas vão querer lidar com a oferta dada em "salvas de prata" ou cestos. Menos pessoas tocarão em dinheiro físico. Observa-se uma redução dramática em ofertas não digitais, e a preferência por doações digitais (online). Certifique-se de mover a sua igreja local para a doação digital. Tenha alguém em sua igreja que possa ajudar os fiéis a fazer as suas contribuições online.

Os cultos de adoração com quantidade menor de participantes se tornarão normais. Já estávamos a ver a tendência das igrejas mudarem para reuniões de adoração menores, mesmo quando a igreja estava a crescer. Por questões de segurança, preve-se que muitas igrejas maiores irão tentar limitar os cultos em torno de 250 a 300 participantes. Igrejas menores terão, é claro, reuniões ainda menores. Uma igreja com 200 presenças, por exemplo, pode passar para dois serviços pós-coronavírus. 

(continua)