terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Cuida da Terra -


De acordo com o relatório divulgado desde 2014 mostra os pontos-chaves da situação do planeta, que se vai agravar em ritmo mais acelerado do que se imaginava. O aquecimento global chegará a+1,5º C até 2030, 10 antes que o previsto.

Até 2030 o mundo tem de reduzir anualmente 7,6% das suas emissões de gases de estufa. Este é o valor apontado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente para se conseguir atingir o objetivo de manter o aumento da temperatura abaixo dos 1,5 graus Celsius. A última década foi de "falhanço coletivo."

Desde 1960, aproximadamente, as florestas, os solos e os oceanos absorveram 56% de todo o CO2 que a humanidade emitiu na atmosfera, apesar destas emissões terem aumentado 50%. Sem a ajuda da natureza, a Terra seria um lugar muito mais quente e inóspito do que é agora.

Mas estes aliados - conhecidos como sumidouros de carbono - estão a dar indícios de saturação e espera-se que o percentual de CO2 que conseguem absorver será menor com o passar do tempo.

O nível global dos oceanos aumentou cerca de 20 cm desde 1900, e a taxa de elevação praticamente triplicou na última década. As calotas de gelo que derretam na Antártida e na Groenlândia são agora o principal fator, à frente do degelo dos glaciares.

Se as temperaturas globais aumentarem 2.ºC, o nível dos oceanos aumentará cerca de 50 centímetros no século XXI. E continuará a crescer até quase 2 metros até 2300, o dobro do que o IPCC previa em 2019.

Devido à incerteza somada às calotas de gelo, os cientistas não descartam uma elevação das águas de até dois metros até 2100.

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CNN Brasil - julho 2021: 

Enquanto as condições de seca estão a expandir-se a piorar no hemisfério norte devido a uma onda de calor recorde, em outras partes do mundo, como a Europa Oriental, enchentes catastróficas, mataram pelo menos 170 pessoas e deixaram centenas de desaparecidos, de acordo com as autoridades.

Alemanha, Bélgica e Holanda debaixo de água. Inundações catastróficas na Europa Ocidental mataram mais de 120 pessoas e centenas de desaparecidas, disseram as autoridades, à medida que os esforços de resgate em grande escala continuam em meio ao aumento do nível da água, há deslizamentos de terra e cortes de energia.

Imagens chocantes da devastação na Alemanha e na Bélgica mostraram vilas inteiras debaixo de água, com carros presos entre prédios desabados e escombros. A Holanda e o Luxemburgo também foram afetados por chuvas extremas.

Os especialistas descreveram os eventos recentes como as chuvas mais fortes em um século.

"Tsunami" de lama no centro do Japão: No início de julho, chuvas torrenciais provocaram um poderoso deslizamento de terra em Atami, província de Shizouka cerca de 90 kms a SO de Tóquio. O deslizamento de terra destruiu cerca de 130 edifícios. O Japão está sujeito a avalanches, com média de 1500 por ano na última década, um aumento de quase 50% em comparação com os 10 anos anteriores, de acordo com um relatório do governo japonês de 2020.

Desastres relacionados com as enchentes, como deslizamentos de terra, são um risco tradicional, mas sério para o país. Isso ocorre porque metade da população japonesa e 75% dos ativos do país estão concentrados em áreas sujeitas a inundações, dizem os especialistas.

Iraque declara feriado por extremo calor. A 4 de julho, as autoridades do Iraque anunciaram um feriado, incluindo a capital Bagdad, porque estava simplesmente muito quente para trabalhar ou estudar, depois que as temperaturas ultrapassaram os 50.º C e seu sistema elétrico entrou em colapso.

Tornados no sul dos EUA: A tempestade tropical Elsa atingiu partes do SE do EUA com tornados, de acordo com relatos, enquanto continuava o seu caminho em direção a Nova Iorque. Um possível tornado atingiu a Base Naval Submarina de Kings Bay, Georgia, na noite de 7 de julho, resultando em relatos de múltiplos ferimentos e danos. Muitos dos feridos foram levados a instalações médicas locais para tratamento, de acordo com a base. Outros tornados foram registados no norte da Flórida, e no SO da Georgia.

Onda de calor varre a Columbia Britânica: As autoridades canadenses contabilizaram quase 800 mortes entre 25 de junho e 1 de julho, 500 a mais do que o normal para aquele período e provavelmente relacionados ao calor, de acordo com Lisa Lapointe, legista-chefe da província.

Especificamente, a pequena cidade de Lytton, no sul do Canadá, passou a ter um registo sombrio. Uma onda de calor sem precedentes ceifou a vida de centenas ao longo de uma semana e provocou mais de 240 incêndios florestais na Columbia Britânica, a maioria dos quais ainda estão ativos. Agora, os incêndios transformaram uma grande parte de Lytton em cinzas e forçaram o seu povo, bem como centenas ao redor deles, a fugir.

Vítimas em messa de onda de calor nos EUA: Uma onda de calor histórica está a a afetar grande parte do NE do pacífico nos EUA, tornando a seca ainda pior. Portland estabeleceu um recorde histórico de alta temperatura por 3 dias consecutivos. Seatle também bateu o seu próprio recordo, estabelecido no domingo. Do outro lado da fronteira, Lytton, também quebrou recordes históricos no domingo e na segunda-feira, registando temperaturas que estava quase 9ºC acima do normal.

Pelo menos 83 pessoas morreram de doenças relacionadas ao calor em Oregon, e as autoridades estão a investigar outras 32 mortes. No estado de Washington, pelo menos 78 pessoas morreram.

"O calor sem precedentes no NE, combinado com mais uma semana de tempo seco, levou a um agravamento das condições de seca em toda a região", segundo último monitor de secas do EUA. As temperaturas, que variaram de 1 a 6º C acima da média aumentaram a evaporação, "secando ainda mais os solos e a vegetação", exacerbado a seca na região. Altas temperaturas também foram registadas em grande parte da Califórnia e Nevada, e em partes do NE do Arizona, e SO de Utah. Isso inclui cidades como Sacramento, Bakersfield, Las Vegas, Palm Springs e Phoenix. No extremo oposto do país, mais de 40 milhões de pessoas no NE também estão sob advertências de calor, incluindo as áreas metropolitanas de N.Y., Filadélfia e Boston.

Calor extremo severo na Índia: Na Índia, dezenas de milhões de pessoas no noroeste foram afetadas por ondas de calor. O Departamento Meteorológico da Índia classificou na quarta-feira a capital Nova Delhi e as cidades vizinhas como experimentando "calor extremo e severo", com temperaturas constantemente oscilando na casa dos 40 Celsius, mais de 7 Celsius acima da média normal, disse ele. O calor, juntamente com o fim das monções, também está dificultando a vida dos agricultores em áreas como o estado de Rajasthan.

Na Grécia (08-2021): Chamas devastam ilha de Evia ao sexto dia de incêndios na Grécia Segundo as autoridades, há mais de 570 bombeiros a lutar contra o fogo na ilha. Incêndios a Norte de Atenas perdem intensidade, mas as temperaturas altas preocupam.

Os incêndios irromperam em várias zonas do país durante uma vaga de calor que já dura há uma semana, a pior em três décadas. As temperaturas abrasadoras e os ventos quentes criaram um barril de pólvora. Zonas de floresta arderam e dezenas de habitações e de empreendimentos foram destruídos por toda a Grécia.

Incêndios florestais na Rússia: Incêndios florestais de grandes dimensões levam a Rússia a declarar o estado de emergência na região de Karelia, que fica a 150 quilómetros da fronteira com a Finlândia. Outra região fortemente atingida pelas chamas é Yakutia (a região mais fria da Russia), na Sibéria, no nordeste da Rússia. A Rússia tem sido flagelada por incêndios florestais generalizados, imputados a temperaturas invulgarmente elevadas e à negligência das regras de segurança contra incêndios.

Onda de calor na Groenlândia acelera degelo da calota polar: Uma onda de calor na Groenlândia, com temperaturas de mais de 10 graus acima das esperadas nesta época do ano, desencadeou um episódio de derretimento "maciço" do manto de gelo do país esta semana. A advertência foi feita por glaciologistas que observam a área.

Desde quarta-feira (28-07-2021), a calota polar que cobre o vasto território ártico derreteu cerca de 8 bilhões de toneladas por dia, o dobro da taxa média durante o período de verão, de acordo com dados do Portal Polar, uma ferramenta de modelagem administrada por institutos de pesquisa dinamarqueses.

De acordo com um estudo europeu publicado em janeiro, o degelo da camada de gelo da Groenlândia contribuirá para o aumento geral do nível do mar em 10 a 18 centímetros até 2100, o que é 60% mais rápido do que a estimativa anterior. O manto polar da Groenlândia contém o suficiente para elevar os oceanos de 6 a 7 metros.

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O aquecimento global é um dos grandes temas do século XXI, onde os índices e previsões dos principais cientistas não são favoráveis sobre o futuro do ecossistema no Planeta Azul. Os media têm dado forte ênfase sobre o assunto e até mesmo Hollywood aproveita a temática para faturar em cima de super produções, como o filme “Um dia depois de amanhã” (Fox, 2004).

Independente se há, ou não, exageros sobre as previsões do aquecimento global, o tema não pode ser negligenciado. Nos últimos dois séculos o planeta tem sido violentamente agredido pela acção humana não sustentável, onde os processos de industrialização e modernização, além do êxodo rural que inchou cidades, vêm destruindo as principais reservas do planeta.

Mediante esse quadro, qual deve ser o posicionamento da igreja do Senhor sobre o assunto em questão? Os cristãos, de maneira geral, não estão muitos preocupados com as causas ecológicas, isso é um facto incontestável. Pouco e pequenos grupos cristãos tem entendido a importância do cuidado com a natureza, exemplo disso é a Associação “A Rocha” (Mexilhoeira Grande, Portimão).

Cuidar da terra é mandamento bíblico (Gn 1.28; 2.15). Paulo lembra que, por causa do pecado, “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.22). É dever do cristão cuidar da criação de Deus, pois a Imago Dei está na pessoa humana, que é responsabilizada pela responsabilidade de cuidar dos demais aspectos criativos de Deus. Os cristãos devem estar longe da idolatra reinante em alguns ambientalistas espirituosos, mas jamais poderão criar um clima maniqueísta sobre o assunto, sendo de um lado cristãos versus ecologistas.

Há uma realidade urgente e uma obrigação bíblica do cuidado da Terra. Que nenhum cristão esqueça!

O QUE PODEMOS FAZER EM CASA PELO MEIO AMBIENTE

Pequenas mudanças em casa, e do comportamento lá dentro, podem ajudar a minimizar a evolução e os efeitos de outras mudanças, as climáticas. A troca de algumas lâmpadas de espaços mais usados, de incandescentes (aquelas antigas, mais comuns) para fluorescentes ou LED, por exemplo. Isso porque elas gastam menos energia e libertam menos calor (redução de cerca de 75%), têm mais durabilidade (em torno de 8 vezes mais tempo). Ou seja, é mais ecológica e ainda economiza na conta de luz e não precisa voltar à loja para comprar outra (e descartar a velha no lixo) tantas vezes.

Outra atitude interessante é dar preferência a casas ou apartamentos naturalmente iluminados e ventilados. Se possível, faça obras para torná-los mais capazes de usufruir da luz do dia e da temperatura ambiente.

Também só use o ar-condicionado e aquecedores eléctricos se extremamente necessário, ou seja, com bom senso. Não precisa abdicar do seu conforto, mas evite exageros e desperdícios. Mantenha as portas e janelas fechadas quando o ar-condicionado estiver ligado. Limpe ou troque os filtros do aparelho regularmente, observe se o termostato está a funcionar bem e desligando na temperatura certa, e procure tentar consertar o equipamento (assim como os seus demais móveis e eletrodomésticos) antes de jogar fora e comprar outro (o que gera menos lixo e menos atividades poluentes).

A falta de água é outro sério problema a ser enfrentado e que vem ocorrendo cada vez mais em diversas regiões do planeta. Para sua solução, pessoas comuns, com pequenas acções do dia-a-dia, podem ajudar bastante.

A contribuição dos cidadãos é não desperdiçar. Uma maneira de agir, por exemplo, é fechar a torneira enquanto escova os dentes. Já imaginou quanto água é jogada fora sem uso com tanta gente fazendo isso todos os dias? Limpar o quintal todos os dias, ou a calçada em frente de casa, usando a mangueira para jogar água e retirar a sujeira, não dá mais.

Muitos outros pequenos gestos e simples acções poderiam ser mencionadas.

Colecta selectiva de lixo. Separar o que é reciclável (papel, plástico, metal e vidro) do lixo comum. Incentive seu condomínio a fazer o mesmo para todos os apartamentos.

Andar de bicicleta em curtas e médias distâncias e fazer uso de transporte coletivo é, com certeza, algo bom não só para o meio ambiente como também para a sua saúde (exercício físico e menos stress) e a mobilidade urbana. E se for de carro, procure utilizar combustíveis menos poluentes e na contratação de serviços, procure privilegiar empresas de que efetivamente respeitem o meio ambiente.

No que diz respeito aos eletrodomésticos, dê preferência a produtos que apresentam os melhores índices de eficiência energética dentro da sua categoria, estimulando a fabricação de produtos que apresentam mais economia de energia, o que reduz a emissão de gases além de a conta de luz ficar mais barata.

Também não se esqueça da importância de reciclar, reutilizar e reduzir. Vício de consumo ou compras terapêuticas, por exemplo, não são exatamente o caminho de maior respeito pelo meio ambiente.

Escritórios tendem a gastar muito papel. Mas com a evolução tecnológica, isso pode mudar. Tudo depende da atitude das pessoas que ali trabalham. Seja um defensor das práticas de redução de uso de papel. Também incentive o descarte ecológico de equipamentos eletrónicos e baterias. Há sempre um bom programa na praça que deseja estes materiais para reciclagem. Pesquise e solicite a retirada. Ou, se for o caso, faça a remessa. E dê preferência, na hora de repor suprimentos, a produtos reciclados.

Antes de jogar fora um computador, pesquise se não há partes dele que ainda é possível reaproveitar, apenas substituindo sua placa-mães, processador, memória e HD.

Se actua na indústria e tem especialização para tal, esteja atento para dar sua opinião em questões relacionadas a uso de materiais químicos e processos que poluem mais que outros.

Outra ideia: Ao invés do uso de copos descartáveis para café e água, que tal a prática de canecas personalizadas?

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