A prestação de contas é frequentemente um princípio visto com maus olhos. Por que? Ela tem sido encarada como algo negativo porque as pessoas a associam à crítica, censura, desaprovação e julgamento. Isso não precisa ser verdadeiro. Em geral, quando a prestação de contas é percebida de forma negativa, nenhuma prestação de contas está a ocorrer. Ela deve ser positiva.
Uma pessoa pode relatar ao seu líder as coisas boas que estão a acontecer. Não é preciso relatar somente as coisas más. Se a pessoa vai prestar contas, deve preparar para o líder um relatório oral ou escrito, formal ou informal, no tocante a todos os aspetos da sua responsabilidade.
O líder deve especificar o conteúdo da prestação de contas exigida. Por exemplo, uma pessoa que é responsável pelo "departamento de vendas" de uma loja de calçados comunica ao seu supervisor que houve um aumento de 50% nas vendas do mês anterior. O líder ficará muito satisfeito em ouvir isso. Houve uma prestação de contas positiva.
A prestação de contas sugere que o subordinado incorra na obrigação de executar um trabalho ou uma função delegada a ele.
A prestação de contas tem sido referenciada como um sistema que permite ao líder gerencial determinar como os departamentos e os subordinados estão a trabalhar. A consequência é que os departamentos subordinados e os seus gerentes tornam-se mais responsáveis pelas suas ações, decisões e desempenho. Alguns não farão objeção a tal prestação de contas, mas outros, especialmente aqueles que não estão a fazer um bom trabalho, resistirão.
Se um líder reserva períodos regulares para se reunir com o seu pessoal, pode criar uma atmosfera mais favorável para a prestação de contas. Pode encorajar quando uma pessoa está desanimada; pode dar conselhos quando necessário; pode reconhecer um trabalho quando este for bem feito.
Por que as pessoas acham a prestação de contas tão difícil? O medo é um dos maiores obstáculos. Elas temem o fracasso. Algumas vezes, não compreendem a prestação de contas. Imaginam que, uma vez que estão a trabalhar numa organização de voluntários, numa igreja, ou a "fazer a obra do Senhor", não há como exigir prestação de contas. Algumas pessoas crêem honestamente que exigir o prestar contas não é "cristãos". Frequentemente há a desculpa: "As pessoas não fazem o que esperamos; elas fazem o que inspecionamos". Acredita-se que isso seja algo manipulador e antibíblico.
Cada um de nós tem três tipos de prestação de contas em nossas vidas:
1 - A obrigatoriedade de prestar contas embutida na situação, sociedade, cultura e ambiente no qual nascemos - Em todo o país, cultura e sociedade, há leis e códigos de conduta fundamentais, os quais precisamos seguir se quisermos ser cidadãos responsáveis. Prestamos contas de nossas ações e, se violarmos tais leis e códigos de conduta, sofreremos as consequências.
2 - A responsabilidade que aceitamos quando nos unimos a uma organização, tal como carreira, igreja local, empresa, ministérios, etc. - Ao nos afiliarmos a tais organizações, aceitamos certas responsabilidades. Isto, por seu turno, significa que concordamos numa certa prestação de contas. Esse tipo de prestação de contas é frequentemente o mais resistido ou o menos estabelecido e cumprido.
3 - A prestação de contas que voluntariamente fazemos aos outros - Esta pode ser a mais eficiente, já que, por natureza, tendemos a apresentar um desempenho melhor quando os objetivos são estabelecidos por nós mesmos. Este tipo de prestação de contas ocorre quando o líder e o subordinado decidem juntos e partilham do estabelecimento de seus próprios alvos.
Procure o seu líder, e preste contas!
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