Em muitas das igrejas evangélicas semanalmente vamos recebendo caras novas que nos visitam. Como igrejas locais, precisamos, como é óbvio, demonstrar a cada uma das nossas visitas o nosso genuíno interesse e amor por eles. Uma igreja amigável é aquilo que já somos e pretendemos desenvolver. Por isso aqui seguem três pequenos princípios que avivarão a nossa memória em relação a este assunto.
TODOS PROCURAM UM AMIGO
Há momentos que todos nós precisamos de um amigo. Que bom poder encontrar esse amigo em alguém que está próximo de Deus. Alguém que tem intimidade com Deus, que é sensível à necessidade, que é constante na sua amizade, mesmo quando as coisas correm menos bem. Provérbios diz que o amigo ama a todo o tempo. Também diz que fiéis são as feridas de um amigo. Isto é, ter amigos faz-nos perceber que estamos guardados se alguma coisa correr menos bem... Muitos procuram amigos na igreja, porque crêem e bem, que estes são os mais sinceros, firmes e disponíveis.
HÁ UM PREÇO PARA A AMIZADE
A Bíblia diz que Jesus Cristo deu a Sua vida pelos seus amigos; ou seja, a amizade exige auto-sacrifício. Que bom poder encontrar nos nossos melhores amigos disposição para se darem por nós. Esse auto-sacrifício passa por ir ter com as pessoas no fim das nossas reuniões; não só para as convidar para um espaço de maior comunhão (cada igreja tem o seu nome: “células”, “grupos de ligação”, “grupos familiares”, “grupos vida”), como também para saber como essas pessoas estão e estar dispostas a ser uma mão amiga. Para ser amigo, tem que se abdicar de nós próprios para estar ao lado do nosso amigo, no tempo de crise e necessidade.
A DEMONSTRAÇÃO DA AMIZADE
Jesus foi conhecido como amigo de publicanos e pecadores. As amizades reais humilham-se. Quão baixo Jesus se humilhou para ser nosso amigo. A maior parte dos nossos amigos são da igreja. No entanto, são os que ainda não são salvos em Cristo Jesus que nós queremos ganhar. Para isso há que ter a mesma atitude de Jesus em relação a nós. Disponibilidade para ser amigo mesmo havendo diferença de nível, de espiritualidade, de carácter. Ficámos admirado com um exemplo no caso de pedofilia. Alguém que se levantou para defender um amigo que considera inocente, mesmo sendo arguido no processo da casa Pia; por isso deu a sua cara na televisão e falou abonatoriamente dessa pessoa. Que sejamos nós também solidários com os nossos amigos, demonstrando-lhes a nossa amizade, mesmo quando falham e não correspondem àquilo que deles esperamos. Que a amizade que oferecemos seja incondicional, real, demonstrada na prática.
Ser amigo não se demonstra nos bons momentos. Na realidade quando tudo corre de feição aparecem muitos amigos. É diante das tempestades que percebemos quem são os nossos amigos. Quando têm que correr algum risco para estarem connosco. Quando têm que dar a cara. Quando exige deles atitude. Sejamos amigos uns dos outros, demonstrando-o na vida quotidiana. Isto é ser cristão, isto é ser Igreja.
Artigo adaptado
Artigo original escrito por Jacinto Rosa
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