Deus criou o homem, e a mulher, certo? Cada um com as suas características específicas. Criados não para ser concorrentes, mas para complementarem-se.
Um filho aprende a ser homem, e o que tem a fazer, com outro homem (seu pai, avô), ou na companhia de homens. Ao longos dos milhares de anos para trás sempre foi assim... Os filhos saiam com os pais para caçar, aprender uma profissão, etc. O pai era o primeiro exemplo de homem para o menino, e também o mais importante.
A mãe tem um parte igualmente importante na vida do filho, mas ela é a representação da ternura de Deus. Se uma mãe não permitir que o seu filho tenha algumas "aventuras", se ela não permitir que o pai o leve para sair, estará a castrá-lo.
Infelizmente, as guerras, a imigração, as dificuldades financeiras que provocaram os pais trabalharem de manhã à noite, entre outros factores, fizeram com que os pais tornaram-se ausentes da vida dos seus filhos. Uns porque teve que ser, outros porque nunca tiveram bons exemplos de paternidade e nunca souberam ser pais para os seus filhos, outros por outras razões. Com isso tudo, os meninos passaram a estar constantemente rodeados de mulheres (mães, amas, professoras, etc.), constantemente debaixo da influência feminina.
Infelizmente o sistema educacional tem sido substituído por mulheres. Não é advocado que as mulheres devem estar ausentes do sistema educacional, mas que os homens tornaram-se ausentes na educação dos meninos.
A maneira tradicional de criar filhos, que durou milhares e milhares de anos, significava pais e filhos viverem próximos, enquanto o pais ensinava o negócio ao filho. O papel do pai era e é criar oportunidades, ficar atento ao momento em que perguntas srjam e respondê-las.
Leanne Payne diz que quando o relacionamento entre pai e filho está correcto "a árvore tranquila da força masculina que está dentro do pai protege e alimenta o frágil broto da masculinidade que está dentro do seu filho".
É também mencionado no livro acima mencionado que não receber qualquer bênção do pai é uma ferida. Não ver o pai quando é pequeno, nunca estar com o pai, ter o pai distante, ausente, um pai que só pensa no trabalho, causa ferida na alma da criança. O divórcio, ou o abandono, é uma ferida que perdura porque a criança acredita que se tivesse feito melhor as coisas, o pai teria ficado em casa.
Alguns pais ferem simplesmente através do seu silêncio; eles estão fisicamente presentes, contudo comportam-se como ausentes em relação a seus filhos. No caso de pais silenciosos, passivos ou ausentes, a pergunta permanece não respondida: "Eu tenho o que é necessário? Pai, eu sou um homem?" Seu silêncio é a resposta: "Não sei... duvido... terás que descobrir por ti mesmos... provavelmente não!"
Nossa cultura virou-se contra a essência masculina (e não estamos a falar de machismo), tendo como objectivo eliminá-la desde tenra idade. A ideia, amplamente sustentada em nossa cultura, é que a natureza agressiva dos meninos é inerentemente má, e temos de transformá-los em algo mais parecido com as meninas. A primeira ferramenta para tal operação é o sistema das nossas escolas públicas. Em vez de mudarmos o modo como educamos os indivíduos do sexo masculino, estamos a tentar mudá-los.
Lionel Tiger, escreveu no seu livro "O Declínio dos Homens" que os meninos são diagnosticados de 3 a 4 vezes mais do que as meninas como portadores de Desordem de Deficiência de Atenção. Contudo, eles não estão doentes. Isso pode simplesmente significar que eles gostam de grandes movimentos musculares e ações assertivas. Os meninos como um todo parecem preferir atividades relativamente turbulentas e móveis, ao invés do comportamente sedado e fisicamente restrito que os sistemas escolare premiam, aos qais as meninas mostram-se mais inclinadas por estarem mais de acordo com a sua própria natureza.
Os meninos são essencialmente definidos como problemáticos porque os seus padrões preferidos de brincar não são considerados apropriados à estrutura da escola. O uso de drogas, como Ritalin (e outras semelhantes), de modo desproporcional entre os meninos denota a falha das autoridades escolares em compreender as diferenças entre os sexos.
Um pai precisa encorajar o filho a ser audaz, destemido, "perigoso", "selvagem", aventureiro (exemplo: Tom Sawyer).
Há algo de errado na alma maculina, e o modo como decidimos lidar com a questão é eliminar tal natureza audaciosa, aventureira...
"Sabemos que a nossa sociedade produz um farto número de meninos, mas parece produzer menos e menos homens" (Robert Bly). Queremos meninos sociáveis, mas longe de tudo o que for ousado ou corajoso.
Muitos homens estão vivos, porém seriamente feridos na sua alma. Estamos a criar "garanhões", ou "cavalos castrados"?
A feminilidade nunca poderá trazer a masculinidade.
Faz parte da natureza masculina, presente nos meninos, o desejo pela aventura, testar a força uns com os outros, e até com os seus próprios pais.
A masculinidade dos meninos é passada de pai para filho (no sentido humano), então ela também pode ser passada do Pai celestial para os seus filhos na Terra. Adão, Abraão, Jacob, David - todos eles aprenderam quem eram a partir da sua intimidade com Deus, com o Pai.
O homem (e não estou a escrever no sentido da humanidade, mas do ser masculino) precisa de uma batalha para lutar, de um lugar que o guerreiro interior possa vir à tona a fim de ser afiado, treinado e aprimorado. O guerreiro não é o único papel que um homem deve desempenhar; há outros.