quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Equipar a Igreja para educar crianças num mundo confuso

O mundo está a mudar - esta é uma afirmação verdadeira - mas talvez nunca tão rápido como nas últimas décadas, e nunca tão evidentes nos assuntos como moralidade e sexualidade.
A realidade é, nós como pais temos a obrigação de ensinar os nossos filhos, no meio desta cultura que é confusa, a terem valores firmes baseados na cosmovisão cristã e nos ensinos das Escrituras. Portanto, a pergunta óbvia é: Como nós, vivendo numa nova moralidade, expressaremos os ensinos das Escrituras e teremos uma vida baseada na moralidade bíblica que honre a Deus? Neste breve artigo, irei sugerir quatro coisas.
Primeiro, precisamos de lembrar que a nossa identidade está enraizada em Cristo. As crianças e adolescentes que vêem a sua identidade cristã como uma lista de regras e regulamentações que precisam de seguir a fim de manter Deus e os seus pais felizes, um dia irão rebelar-se contra essas regras, ou irão usar essas regras e tornam-se maus e juízes de outros (exemplo dos judaízantes e dos inquisitores). Em vez disso, se a sua identidade está enraizada em quem Jesus é e no que eles são em Cristo, poderão valorizar os ensinos das Escrituras e amar os outros que podem ter diferentes perspectivas no meio das mudanças culturais que estão a acontecer à nossa volta.
Segundo, precisamos de não ter vergonha ou ficar constrangidos em ensinar o que as Escrituras ensinam, mas devemos fazê-lo de forma que reconhece que é diferente da maneira como o mundo ensina. Nesta nova realidade cultural em que estamos a viver, precisamos de ter um grande entendimento da cosmovisão do que os cristãos acreditam e porque, um entendimento das Escrituras e o que elas ensinam e porque, e uma cosmovisão que diz às crianças e adolescentes "tu fazes essas coisas não porque são coisas que 'bons' meninos fazem mas porque nós somos seguidores de Jesus e vivemos de forma diferente em algumas coisas que o mundo vive."
Terceiro, devemos falar sobre a fragilidade do mundo, da nossa cultura, e de nós mesmos. A realidade é, se mantermos um padrão de superioridade moral, iremos conduzir nossas crianças ao desespero ou ao orgulho - desespero com o qual não conseguirão viver, ou orgulho naquilo que têm. Ambos são pecado, embora diferentes faces do pecado. Em vez disso, a melhor abordagem é ajudá-los a entender que todos pecamos e que todos lutamos contra o pecado. 
Quarto, devemos quebrar a tirania da conformidade que é tão presente na vida das crianças. A coisa mais terrível pelo qual as crianças passam é ser diferente dos outros. É claro, que à medida que vai envelhecendo, ficam mais receptivos à realidade das mudanças. Mas, muitas crianças e adolescentes pensam como o antigo provérbio japonês: "um prego que se destaca é retirado", por isso eles esforçam-se para se encaixar. No entanto, isso não funciona com os cristãos. Então, procuremos versículos bíblicos que falem sobre brilharmos como luzes neste mundo e como podemos permanecer firmes no meio desta cultura de trevas (Filipenses 2.16). A ideia da conformidade não é um valor. Devemos sim ser conformados à imagem de Cristo.
Quinto e último, devemos partilhar com as crianças as nossas batalhas, falhas e fragilidades para que possam ver que somos pessoas imperfeitas que procuram seguir um Deus perfeito e Seus ensinos. A realidade é, temos feito coisas ou tido erros que talvez nossos filhos não saibam - que temos sido tentados ou até mesmo que temos sucumbido à tentação. Então quando for apropriado, devemos partilhar. Nós lutamos em diferentes tempos e de diferentes maneiras, mas somos seguidores que lutam no meio de um mundo quebrado.
Concluindo, o conselho deste artigo pode ser resumido numa coisa: ensine os seus filhos a entender que somos povo peculiar "para que possamos declarar a bondade daquele que nos chamou das trevas para a sua preciosa luz" (1Pe 2.9). Como povo peculiar devemos procurar o melhor caminho - o caminho enraizado em que nós somos in Cristo - que é seguro em quem Deus é e que Ele quer o nosso melhor.
Como nosso criador, portanto Ele conhece-nos, e porque nos conhece Ele deu-nos directrizes e direcções para conduzir-nos. Essas directrizes e direcções são dignas de serem vividas, e são diferentes do mundo.
No meio desta nova moralidade, nós voltamos à moralidade que está enraizada, não na história, mas na natureza do próprio Deus. Quem nós somos em Cristo molda como nós vivemos, e como nós vivemos é diferente do mundo à nossa volta.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Nunca Mais

  • Nunca mais direi “eu não posso” pois “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” (Filipenses 4:13)
  • Nunca mais alegarei falta de alguma coisa, pois “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” (Filipenses 4:19)
  • Nunca mais direi eu tenho medo “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.” (2 Timóteo 1:7)
  • Nunca mais direi que tenho dúvidas ou falta de fé “Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.” (Romanos 12:3)
  • Nunca mais direi que sou fraco, porque “O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SENHOR é a força da minha vida; de quem me recearei?” (Salmos 27:1) “E aos violadores da aliança ele com lisonjas perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas.” (Daniel 11:32)
  • Nunca mais direi que Satanás tem poder em minha vida. “Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.” (1 João 4:4)
  • Nunca mais direi que estou derrotado. “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento.” (2 Coríntios 2:14)
  • Nunca mais direi que não tenho sabedoria. “Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção.” (1 Coríntios 1:30)
  • Nunca mais direi que estou doente, pois “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:5) e “Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.” (Mateus 8:17)
  • Nunca mais direi que estou preocupado e frustrado, pois a Bíblia diz “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1 Pedro 5:7) 
  • Nunca mais direi que sou escravo (preso) pois “Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” (2 Coríntios 3:17) Meu corpo é o templo do Espírito Santo!
  • Nunca mais direi que estou condenado, pois “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (Romanos 8:1) 
Extraído do livro “Há poder em suas palavras” de Don Gossett

sábado, 10 de fevereiro de 2018

marcas de um verdadeiro discípulo

Estas são as marcas de um verdadeiro discípulo de Cristo:

  • Tratável (Tiago 3.17)
A definição segundo o dicionário comum é: pessoa que se caracteriza por ser afável, amável e benévolo. Segundo o dicionário Strong: tratável ("epiekes") é manso, brando,“apropriado”, isto é, gentil, alguém com moderação, paciente.


"Epi" é uma preposição primária, que significa a rigor, sobreposição para tempo, lugar, ordem, etc. Também, é relativo a distribuição (genitivo), isto é, sobre, etc. "Eikó", aparentemente um verbo primário com a ideia de cópia, "assemelhar-se", "parecido com".

Uma pessoa tratável refere-se ao estado interior de uma pessoa de bom carácter. Isto é, faz acordos e os cumpre, não mente. Enfim, a relação de trato cabe em todas as situações de relacionamentos. Seja a empatia informal, ou as formalidades de trato com a palavra, prometer e cumprir o prometido. Envolve a vida social, os negócios, a palavra empenhada, engloba todas as situações de relacionamentos interpessoais. 

  • Ensinável
Segundo o dicionário, uma pessoa ensinável, é uma pessoa pronta, desejosa e faminta para ser ensinado. Quer crescer, aberto a instrução e formação. Motivado a aprender. Marcada por fazer boas perguntas, realmente querendo entender.

Só se ensina a quem deseja aprender! Estou convicto também de outra: Aprende-se enquanto se ensina!

Ser ensinável é ver-se incompleto. É identificar ausentes em si o que gostaria de ver presente. É desejar crescer.

Ser ensinável é resistir a conformação.  É fugir do estacionamento existencial. É aceitar o fato que há estações a frente e que é preciso avançar na viagem...

Ser ensinável é correr atrás do ensino, de quem ensina, é fazer-se discípulo, escolher pisar sobre as marcas de alguém.

Ser ensinável é ter referenciais, alguém para quem olhar, não como parâmetro de perfeição, mas sim de aperfeiçoamento. É sair da caverna, aventurando-se na floresta.

Ser ensinável é aceitar revisar paradigmas, reformular conceitos, criticar crenças, é dispor-se ao que outrora sequer admitia existir.

Ser ensinável é extrair de cada experiência da vida uma lição, é aprender com as experiências dos outros. É crescer com o que aprende dos próprios erros e e com os dos que o cercam.


  • Submisso
Segundo o dicionário: pessoa obediente, que se submeteu a alguma coisa ou que ainda se submete; dócil, humilde, respeitosa.


  • Transparente
sem segredos, desabafa