quinta-feira, 24 de outubro de 2019

o pastor não trabalha


Se um Professor estuda, se prepara e dá uma aula de 45 minutos, ele está trabalhando. Se um Pastor estuda, se prepara e prega uma mensagem de 45 minutos, ELE NÃO TRABALHA.

Se um Psicólogo atende e aconselha pessoas, ele está trabalhando. Se um Pastor atende e aconselha pessoas, ELE NÃO TRABALHA.

Se um Administrador se organiza, faz reforma, contrata mão de obra, e gerencia uma empresa, ele está trabalhado… Se um Pastor se organiza, faz reforma, contrata mão de obra e gerencia uma igreja, ELE NÃO TRABALHA.

Se um contabilista faz os cálculos, economiza, equilibra as finanças e faz investimentos, ele está trabalhando… Se um Pastor faz cálculos, economiza, equilibra as finanças e faz investimentos na igreja, ELE NÃO TRABALHA.

Se qualquer um desses tirar férias, é justo, afinal, eles trabalham… Já um pastor não pode tirar férias, não deve receber salário, e não merece respeito… Afinal, ELE NÃO TRABALHA.

VALORIZE SEU PASTOR!

VIDA DE PASTOR:
PASTOR É ALVO DAS MAIS DESENCONTRADAS OPINIÕES…

*Se o Pastor é activo... – É ambicioso
*Se é calmo... – É preguiçoso
*Se o Pastor é exigente... – É intolerante
*Se não exige... – É displicente
*Se o Pastor visita... – É incómodo
*Se não visita... – É irresponsável pelas ovelhas
*Se o Pastor fica com os jovens... – É imaturo
*Se fica com os adultos... – É antiquado e ultrapassado
*Se fica com as crianças... – É infantil
*Se procura atualizar-se... – É mundano
*Se não atualizar-se... – É mente fechada
*Se o Pastor cuida da família... – É descuidado com a Igreja.
*Se o Pastor cuida da Igreja... – É descuidado com a família
*Se prega pouco... – É que não tem mensagem
*Se prega muito... – É enfadonho
*Se não tem boa oratória... – É despreparado
*Se tem boa oratória... – É exibido
*Se procura agradar a todos... – É sem personalidade
*Se é positivo, e procura corrigir... – É parcial
*Se o Pastor se veste bem... – É vaidoso
*Se veste mal... – É relaxado
*Se não sorri... – É cara dura
*Se o Pastor ri... – É irreverente
*Se realiza programas novos... – É que só quer viver de promoções
*Se não realiza... – É que não tem ideias
*Se o Pastor é alegre... – É sem linha
*Se chora no púlpito... – É chorão
*Se o Pastor organiza trabalho... – É explorador do rebanho
*Se não organiza... – É que não dá trabalho ao rebanho
*Se o Pastor fala alto... – É irritante
*Se fala baixo... – É um coitado, não tem voz activa
*Se o Pastor prega na rua... – Está baratiando o evangelho
*Se só fica na igreja... – É acomodado nas quatro paredes
*Se o pastor está triste, já dizem que perdeu a fé.
*Se o pastor fica doente, é porque está na carne.

Ser Pastor é um tremendo desafio!

É uma questão de chamada e de entrega.
O Pastor é uma pessoa, que tem sentimentos!
Entenda o seu Pastor!

O Pastor é um ser humano que precisa das ovelhas, tanto quanto precisamos dele. É o portador das Boas Novas.

Ame e entenda seu Pastor.

Ore e apoie o seu Pastor. Ele é carente de oração.

“E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência.” (Jeremias 3:15)

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Pastor chamado ou “chamado pastor”


O ministério pastoral é um dos ofícios mais excelentes que existem na sociedade. O pastor é o médico da alma e como tal vive a disposição do seu rebanho vinte e quatro horas por dia, pois não sabe em que momento determinado pessoa irá suplicar-lhe por socorro. No exercício de seu chamado ele acaba sendo psicólogo, terapeuta, conselheiro, pai, árbitro, etc. Quando sobe no púlpito ele é um autêntico profeta; quando pede para as pessoas abrirem as suas Bíblias e aplica um texto com fidelidade, ele está dizendo “assim diz o Senhor”, ou seja, é o próprio Deus falando com a sua igreja. Por isto que o apóstolo Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo, antes de falar sobre as qualificações necessárias para quem também deseja ser um, ele vai dizer o seguinte: “… se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.” (1 Tm 3.1). Ser pastor é uma bênção divina!

Existem inúmeros pastores, homens que em algum momento de suas vidas reconheceram o seu chamado e foram consagrados ao ministério. Por mais que as igrejas sejam criteriosas no exame do obreiro utilizando como parâmetro nada mais nada menos que a própria Bíblia, é impossível autenticar o chamado de alguém. Como não aceitar um testemunho contundente acerca do chamado ao ministério pastoral de um candidato que cumpre todos os pré-requisitos para a sua consagração? Na verdade, só Deus, que conhece o homem a fundo poderá confirmar ou não este chamado. É por isto que dentre estes homens existem os “pastores chamados” e os “chamados pastores”. Como identifica-los, principalmente pelo fato de ambos serem humanos e como tais, sujeitos a todo o tipo de falhas e imperfeições?

O pastor chamado estará sempre pronto a ir onde o seu Senhor mandar, mesmo que este lugar seja uma terra seca e árida. Ele utilizará sempre a Bíblia como única regra de fé e prática para conduzir o seu rebanho e jamais a substituirá por qualquer outro pensamento ou filosofia, ainda que estejam fazendo sucesso e dando resultados positivos em outros lugares. Jamais permitirá que o seu ministério se transforme em um mero emprego; trabalhando apenas pelo salário que receberá no final do mês ou supervalorizando o que faz a fim de receber um acima da média. Este pastor, mesmo entendendo que depende totalmente do Senhor, procura estar atualizado e medita dia e noite na Palavra do Senhor a fim de poder oferecer um alimento sólido para o seu rebanho. Este líder ensina dando o exemplo, assim como fez o Mestre. Ele tem cheiro de ovelha, pois são elas que dão sentido ao seu ministério. Este verdadeiro homem de Deus é capaz de chorar junto dos que choram e se alegrar com aqueles que estão felizes. Não faz acepção de pessoas, em hipótese alguma, tratando-as de igual modo, independente de suas condições socioeconómicas. Busca incansavelmente ser um imitador de Cristo ainda que reconheça que jamais chegará à perfeição. Os pastores chamados também são aqueles que estão nas estatísticas como os que mais sofrem, mas adoecem físico e emocionalmente, pois se doam por inteiro aquele que os convocou para toda a boa obra. Quanto aos “chamados pastores”, estes também hão de receber a sua recompensa, pois estão lidando com vidas que são a menina dos olhos de Deus.

À vista disso, afirmo enfaticamente que haverá uma recompensa para todos vocês amados pastores chamados. Deus, o justo juiz, julgará a causa de cada um dos senhores. Ainda que não haja qualquer tipo de reconhecimento humano, saibam que Jesus está contemplando todo o esforço, dedicação, abnegação, empenho e amor que têm demonstrado em sua obra. Dentre tantas recompensas, assim cremos, quem sabe os seus nomes não venham a ser inseridos também naquela lista honrosa da carta aos Hebreus, capítulo onze: “… (Homens) dos quais o mundo não era digno” (Hb 11.38a). No final de tudo, ouviremos um coro em uníssono de todos vocês afirmando categoricamente que valeu a pena ter sofrido tanto por amor a Cristo. (1Co 15.58).

O Reino do Amor

“Ele respondeu: ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Disse Jesus: Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá.”  (Lucas 10.27-28)

O caminho do Reino, o seguimento a Jesus, se realiza assim: Amando a Deus e ao próximo. Um amor que envolve todo o ser na relação com Deus. Que perpassa todas as dimensões da vida. Um amor que não se contenta com liturgias e que torna sagrada a vida e não um templo. Um amor redefinidor de conceitos, um amor que nos faz perguntas e não se contenta com desculpas. “Onde está o teu irmão?” (Gn 4.9). A fé cristã é revolucionária pois nos chama de volta para o amor, nós que vivemos e sobrevivemos do poder. O poder de ter, de conhecer, de parecer, de pertencer… A fé cristã nos diz que forte mesmo são os fracos, capazes mesmo são os que pouco sabem. Pois o amor repensa o mundo!
Na fé cristã somos chamados para amar porque Deus nos amou. Fomos e somos amados por Ele como jamais seremos amados. A fé cristã é a fé no amor de Deus. A missão cristã é, neste mundo, ser veículo do amor de Deus, para que cada pessoa consiga perceber que não foi esquecida e não é rejeitada por Deus. A adoração cristã é viver diariamente a missão cristã. Não é dizer coisas bonitas ou mesmo corretas sobre Deus. Ele, diferente de nós que precisamos ser animados e reconhecidos, não precisa! Honrá-lo com palavras só é honrá-lo quando o honramos com nossas atitudes motivadas pelo amor. 
No amor a Deus somos inspirados a ser santos. No amor ao próximo somos chamados a ser servos. Uma santidade que se processa pelo esvaziamento do nosso ego e o enchimento de nosso ser com a comunhão, com a presença de Deus e do próximo. Um serviço que torna o outro recebedor das bondades que encontramos no amor de Deus. Há tanto para se pensar e considerar sobre essa vida de amor! Mas o que precisamos mesmo é amar. Dar o primeiro passo e diariamente seguir dando os passos de amor a Deus e ao próximo. Que orar, cantar, contribuir e tudo mais sejam movimentos de amor em nossa vida. Que nossa vida seja cristã! Que seja cheia de amor, pois o Reino para o qual fomos levados por Cristo é o Reino do amor. 
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Evangélicos estão mais preocupados com dinheiro do que com questões morais, revela pesquisa


O debate público sobre questões morais envolvendo temas como o aborto, ideologia de género, união homossexual, liberalismo teológico, educação familiar e outros, parece não ser tão importante para os evangélicos quanto a preocupação com finanças e saúde, segundo uma pesquisa publicada recentemente.

O estudo foi publicado pela Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, nos Estados Unidos, mas a sua realização foi do Instituto LifeWay Research. Os resultados chamaram atenção até mesmo de quem acompanha o debate público no meio religioso.

“Nossos entrevistados nos surpreenderam com o quão pouco pareciam se importar com causas tipicamente evangélicas“, escreveu Paul Miller, professor da Universidade de Georgetown, em um relatório onde analisou os dados da pesquisa.

Entre os entrevistados estiveram pessoas com crenças evangélicas (933), mas que não se apresentavam como evangélicos, e os que se identificam como cristãos evangélicos (1.001) abertamente. Todos tiveram que responder “quais são as três maiores preocupações em políticas públicas”.

Os dois grupos responderam que a “assistência médica” é a maior preocupação, representando 51% do total, enquanto que 49% dos que se identificaram como evangélicos e 46% com crenças evangélicas a maior preocupação foi com a “economia”.

Apenas 33% de ambos os grupos elegeram a  “liberdade religiosa” como uma questão de importância para eles. O índice cai para 28% quando o assunto é “aborto”.

“Os evangélicos brancos têm muito mais probabilidade de listar o aborto, a liberdade religiosa, a segurança nacional ou a imigração como uma preocupação principal do que os evangélicos afro-americanos ou protestantes negros”, disse Miller em seu relatório.

“Os afro-americanos são mais propensos a listar a ajuda aos necessitados, assistência médica e injustiça racial. Os evangélicos que frequentam a igreja com mais frequência têm menos probabilidade de dizer que ajudar os necessitados é uma das principais preocupações. Em 11% deles, os evangélicos brancos são os menos propensos a dizer que a injustiça racial é uma das principais preocupações”, conclui.

Com Informações do Instituto LifeWay Research/Gospel Mais

Que tipo de pastor eu sou?


Ser pastor é transitar por uma vocação e não por uma vacação. O pastor é um  homem chamado por Deus para a excelente obra do ministério. Então, pastorado não é profissão, mas vocação com implicações físicas, emocionais, éticas e espirituais. O fato de ser pastor passa pelo crivo de Deus. Deus não convoca ocioso, mas ocupado. Deus não quer trabalhar com mascote, mas com um homem segundo o Seu coração que apascente o Seu povo com ciência e inteligência (Jeremias 3.15). O pastor é um homem que se dispõe a servir com o amor de Jesus Cristo, o nosso Supremo Pastor. Sabemos que ministério pastoral não é aventura. Não é uma moda e nem um status. O pastor autêntico é aquele que se regozija com a honra de Cristo Jesus. A honra do ministério é do Senhor que nos comprou com o Seu precioso sangue e nos chamou com uma santa vocação (1 Pedro 1.18).

Que tipo de pastor eu sou? Acomodado, descansado, preguiçoso, inseguro, fraco na liderança, medroso para tomar decisões, tímido, acanhado, orgulhoso, vaidoso, frio, rancoroso, de visão estreita, invejoso, aproveitador? Que tipo de pastor o Senhor quer que eu seja? Certamente amoroso, manso, humilde, que tenha auto-domínio, equilibrado, estudioso da Palavra, relacional, misericordioso, firme na doutrina, que faz a obra de um evangelista, curioso para aprender, firme na fé, obediente, santo, justo, visionário, proativo, íntegro, encorajador, motivador, amante dos livros, que tenha paixão pelas pessoas, missionário, paciente e  piedoso.

Como pastor, preciso submeter-me ao senhorio de Cristo, ter o discernimento do Espírito, evitar brincar no púlpito, ser respeitoso, homem de oração, homem da intimidade com o Senhor. O autêntico obreiro de Deus é um homem comprometido  com a mensagem da cruz, com o evangelho genuíno às raias da morte. Também, é um treinador de pessoas formando-as para exercerem o ministério da igreja local, pois não há sucesso sem sucessor. O obreiro de Deus é assíduo e pontual. Cumpre seus compromissos com muita seriedade. É um exemplo dos fiéis na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza (1 Timóteo 4.12). Seus relacionamentos são pautados pelo respeito e consideração. Uma das marcas indeléveis do pastor é a autenticidade. Não é um homem de coração dobre, mas de um coração inteiro.

Exige-se do pastor genuíno que ele seja um excelente esposo, pai, filho, irmão e cidadão. Que ele cumpra todos os seus compromissos. Que a ninguém deva nada a não ser o amor fraterno com que deve amar o próximo (Romanos 13.8). O ministro é um homem íntegro, puro, sério e generoso. O homem de Deus é um ser que está disposto a morrer pelo Evangelho. Está pronto a dar o melhor de si pela causa de Cristo Jesus (Atos 20.24). Ele pode dizer como Paulo: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1.21). É um homem crucificado com Cristo Jesus (Gálatas 2.20). Que vive o fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22,23).

O homem chamado por Deus para a obra gloriosa do ministério não está preocupado com dinheiro. Ele sabe que ao cuidar muito bem do rebanho de Deus, o mesmo Deus cuidará muito bem dele. Ele foge da vaidade da mocidade. Não fica ansioso. Não é inseguro em relação às situações de carência financeira. Ele tem convicção de que Deus suprirá todas as suas necessidades em Cristo Jesus (Filipenses 4.19,20). Ele é um homem que tem a sua satisfação em Deus e descansa na Sua fidelidade. Não teme o futuro porque o Senhor já está lá. O homem de Deus é o homem da Palavra e de palavra. Ele ama a Palavra de Deus como o salmista expressa: “Oh, quanto eu amo a Tua Lei. Ele é a minha meditação todo o dia” (119.97).

 O tipo de pastor que o Pai exige é o de Cristo Jesus. Ele deu a Sua vida por nós na cruz. Ele é o princípio e o fim do ministério. O pastor não depende de homens, mas de Deus. Não faz negociata para ficar em determinada igreja. Ele tem a corda no pescoço e não na barriga.Ele está absolutamente comprometido com o Deus Provedor e Protetor. Com Aquele que é toda a sua suficiência. Ele também pode dizer como Paulo: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13). Ele não busca cargos, mas cargas.

Que tipo de pastor eu sou? Conformado com o Senhor Jesus na Sua vida e na Sua morte? Tomando a cruz e seguindo-O? (Mateus 16.24-27). Deixando todo o embaraço e o pecado que tenazmente o assedia, ele corre com perseverança a carreira que lhe está proposta, olhando para Jesus, o Autor e Consumador da fé (Hebreus 12.1,2). A maior aspiração do verdadeiro pastor é parecer-se com o Senhor Jesus. O que o pastor genuíno deseja, acima de tudo, é glorificar Aquele que lhe deu a vida física, a salvação, vocação, família, igreja e as demais coisas. Como pastor que eu seja o tipo de Cristo Jesus!

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob

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Plena confiança

“Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração, mas o rosto do Senhor volta-se contra os que praticam o mal. Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem? Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes. Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.” (1 Pedro 3.12-14)

É importante entendermos no que estamos a crer. Pois talvez alguém acredite que Pedro está a afirmar que “tá tudo dominado”! Como costumamos dizer, de forma genérica e sem claramente considerarmos o significado, “Deus está no controlo”. E, sendo assim, tudo dará certo para os justos e os injustos vão se dar mal. O justo vai orar e Deus vai atender, ao contrário dos que praticam o mal que enfrentarão o desprezo de Deus. E, comprometidos em fazer o bem, nenhum mal vai nos alcançar. Não creio que fossem essas as convicções do apóstolo ao escrever essa carta. Ele mesmo sofreu prisões e enfrentou injustiças. O que ele então estaria afirmando com o que disse e como devemos compreender sua mensagem? O que devemos esperar de Deus no curso de nossa vida e que certezas podemos ter?
À luz do Evangelho, diante do que Jesus nos ensina e considerando o significado das Escrituras como fonte de revelação para nós, creio que o apóstolo está a incentivar-nos a olhar para a vida com esperança, seguros quanto ao cuidado de Deus, mesmo quando formos atingidos por sofrimentos. Sua mensagem não é triunfalista e muito menos ufanista. Podemos ter certeza de que Deus vê, sabe e não confunde pessoas comprometidas com o que é justo com pessoas que acostumaram-se a praticar o mal. Não nos ocultamos de Deus com nossas palavras e o facto de ninguém saber não significa que Deus não saiba. Todavia, como Deus reage diante da vida? Ele tem um jeito muito próprio. Nosso padrão de justiça não atende Seus critérios. Não concordaremos com Ele muitas vezes e pode ser que Seu silêncio ou omissão a respeito de algo nos pareça inaceitável. Mas somos desafiados a confiar em Deus. Mesmo praticando o bem, podemos nos dar mal nesse mundo de injustiças. Mas isso não deve abalar nossa certeza de que Deus sabe bem o que está a fazer.
Esse é um lado difícil de nossa fé: não podemos controlar Deus e fazê-lo corresponder aos nossos anseios. Jesus disse que teríamos aflições neste mundo (Jo 13.33). Nosso chamado é para confiar e manter o ânimo. Não nos desesperarmos. É certo que há muitas bênçãos em nossa vida, há muitos milagres presentes no quotidiano, muitos mesmo, que nem vemos. Deus é sempre muito gracioso e está por perto. Mas as dores e frustrações fazem muito barulho aos nossos ouvidos. Somos orientados pelo apóstolo a lidar bem com a vida porque nossa fé se manifesta por meio do nosso modo de viver e conviver. Pela maneira como lidamos com a vida, que pode nos surpreender. Mesmo não tendo certezas ou garantias quanto a esta vida, podemos ter certeza de que estamos sob o olhar atento do nosso Pai Celeste. Ele sabe o que faz e nos ama. Podemos sofrer pressões, mas não precisamos desanimar. Podemos ficar perplexos com o mal, mas não precisamos nos desesperar. Jamais seremos abandonados. Poderemos ser abatidos, mas não seremos destruídos. (2 Co 4.8-9)