terça-feira, 25 de outubro de 2016

graça


“Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos.” (Hebreus 12.15)

Paulo escreveu que, onde o pecado do homem abundou mais que abundou a graça de Deus. A graça que acolhe, perdoa, redime e transforma pessoas (Romanos 5.20). Mas também escreveu que é possível a nós uma atitude que impeça de desfrutar essa graça. Não se trata de Deus recusar-se a ser gracioso, mas de uma atitude que fecha nossa alma para a acção dessa graça, que a deixa do lado de fora. E isso acontece quando fechamos o coração para nosso semelhante, não agindo de maneira graciosa para com ele.

Nos privamos da graça quando deixamos que uma amargura, uma ofensa, se coloque entre nós e o outro. Quando aos nossos olhos ele não merece mais, não pode mais ser aceito, não cabe mais em nossa vida. Pois a graça divina é justamente a constante reafirmação de Deus de que, apesar de nossa ofensa, Ele continua nos oferecendo perdão e acolhimento. Não conseguimos fazer isso como Deus, mas podemos fazer isso como seres humanos. Alguns não caberão em nosso abraço, mas os critérios serão menos a dureza de coração, a falta de amor. E Deus que olha e vê tudo saberá sempre nos conduzir como agentes da graça, sem torna-la uma agressão à nossa auto preservação e sem concordar com nossa dureza. Mesmo com limitações um cristão é um agente da graça que recebe de Deus, oferecendo-a a outros.

A graça de Deus é a acção de Seu amor e a nossa graça será nosso amor em acção. João afirmou que se dizemos que amamos a Deus e não amamos nosso irmão, estamos mentindo sobre nosso amor a Deus (I João 4.20-21). Jesus nos ensina que o perdão desejado deve ser o perdão ofertado (Mateus 6.12). O “assim como” do perdão no Pai Nosso nos indica que há um “assim como” na experiência da graça. Dessa forma ela não apenas nos beneficia, ela nos torna benfeitores. Ela não apenas perdoar nossas transgressões, ela nos convida a fazer a vontade de Deus e a perdoar nosso semelhante. Não se prive da graça por negar a alguém a graça que está em seu poder oferecer.

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