A população portuguesa está a envelhecer perigosamente. Cada vez menos jovens - é este o cenário que levanta problemas de sustentabilidade ao País, e impactos na demografia.
Nos últimos anos em Portugal, à semelhança dos restantes países europeus, a tendência tem sido clara. A baixa da taxa de natalidade e fecundidade é hoje um problema da sociedade moderna, que se debate com o envelhecimento da população e a dificuldade na renovação de gerações. Por seu lado, a imigração em Portugal tem sido um factor que impede a ainda maior baixa nestes números.
A fecundidade no nosso país diminuiu nas últimas décadas.
A diminuição da natalidade e o aumento da esperança média de vida em Portugal agravam o envelhecimento da população, originando uma diferença cada vez menor entre o início e o fim da pirâmide etária. Se em 1987, tinham os filhos antes dos 30 anos, a partir de 2014 tem sido a partir dos 30 anos. Com este cenário, as consequências esperadas apontam para menos criação de emprego, maior pressão sobre as pensões, mais gastos com a saúde dos mais velhos, maior pressão para subida de impostos e descontos para a Segurança Social. A realidade traduz-se em cada vez menos crianças, o que está a acentuar a desertificação do interior.
Desde os anos 80 que a fecundidade em Portugal, já não permite repor as gerações, o que significa que a dimensão das gerações vem sendo cada vez menor. Uma situação deste tipo, mantida durante um período de tempo tão longo, como se tem verificado em Portugal, traz implicações irreversíveis para a estrutura por idades da população portuguesa, observáveis não só no momento actual, mas principalmente em termos futuros.
O aumento inevitável do envelhecimento da população em geral, das famílias e da população em idade activa condicionará necessariamente a sociedade portuguesa do futuro. A redução da dimensão das gerações mais jovens (e o aumento proporcional das mais idosas) condicionará o funcionamento dos sistemas de segurança social e de saúde, tal como os conhecemos nos dias de hoje.
Proposta para reversão da situação: apostar mais nos apoios à primeira infância (aumento das creches, quer sejam públicas ou privadas) e garantir a segurança no emprego dos jovens casais, que devem ser apoiados através de uma política de emprego especificamente destinada.
Apesar de Portugal continuar a registar um saldo negativo que só se verificou em 1918, ano que surgiu uma gripe pneumónica que dizimou a população mundial, os nascimentos de bebés de mães estrangeiras representam pouco mais de 10% da taxa de natalidade nacional, pelo que a comunidade imigrante ganha cada vez mais expressão no nosso país, assim como por toda a Europa.
Este problema, que tem vindo a aumentar nos últimos anos, é resultado de alguns factores: o adiamento da maternidade, o início de uma vida sexual precoce e com múltiplos parceiros (problemas de infecções), o sedentarismo, os hábitos alimentares, o consumo excessivo de tabaco, álcool e drogas e, ainda, muito especialmente, devido à poluição e ao stress.
Paralelamente a esta realidade, o número de interrupções voluntárias da gravidez (IVG), em situações de gravidez não planeada nem desejada, continua a aumentar em Portugal.
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