quinta-feira, 26 de julho de 2018

Bebés Precisam-se!


A população portuguesa está a ENVELHECER PERIGOSAMENTE. Cada vez menos jovens - é este o cenário que levanta problemas de sustentabilidade ao país e impactos na demografia.

Num estudo a "Focus" foi perceber como a renovação das gerações está em perigo no nosso país. Nos últimos anos em Portugal, à semelhança dos restantes países europeus, a tendência tem sido clara. A baixa da taxa de natalidade e fecundidade moderna, que se debate com o envelhecimento da população e a dificuldade na renovação de gerações. Por seu lado, a imigração em Portugal tem sido um factor que impede a ainda maior baixa desses números. 


O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO TRAZ PROBLEMAS DE SUBSISTÊNCIA AO PAÍS


A fecundidade no nosso país diminuiu nas últimas décadas, em particular desde os anos 80. 


FECUNDIDADE EM QUEDA CRESCENTE EM PORTUGAL


1960 - 3,1 filhos

1981 - 2,1 filhos                       O número de filhos em média que cada mulher deixa
2001 - 1,5 filhos                       na população está a diminuir.
2007 - 1,3 filhos
                                                                               Fonte: Associação Portuguesa de Demografia

A diminuição de natalidade e o aumento da esperança média de vida em Portugal agravam o envelhecimento da população, originando uma diferença cada vez menor entre o início e o fim da pirâmide etária. Se em 1987, tinham os filhos antes dos 30 anos, anos depois, é no grupo dos 30 aos 34, ou até mais tarde, é que se verificam a maioria dos nascimentos. Com este cenário, as consequências esperadas apontam para menos criação de emprego, maior pressão sobre as pensões, mais gastos com a saúde dos mais velhos, maior pressão para a subida de impostos e descontos para a Segurança Social. A realidade traduz-se em cada vez menos crianças, o que está a acentuar a desertificação do Interior do país.

De acordo com Maria Madalena Mendes, ex-presidente da Associação Portuguesa de Demografia, "os portugueses decidiram ter não só menos filhos, como também adiaram o momento de ter esses filhos". O que conjugado teve como resultado a "observação do nível de fecundidade mais baixo alguma vez verificado". Entre as razões apontadas para o fenómeno, a estudiosa acredita que possamos encontrar "o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho, o prolongamento da educação e o duplo fardo que representa para as mulheres trabalhar no mercado de trabalho e em casa, associados a um aumento de precariedade, quer laborar, quer a nível dos próprios relacionamentos.

A juntar a essas conclusões, Maria Filomena acrescentou "a existência de novas incertezas e riscos para os jovens e para as mulheres em particular, as aspirações de mobilidade social intra e intergeracional, as carreiras profissionais, o desejo de bem estar social, e o de ter um filho único bem sucedido".

Neste sentido, a solução poderá encontrar-se, na sua opinião, "não em de convencer os jovens a ter filhos, ou mais filhos, mas sim de estruturar a sociedade de maneira a que lhes permita ter esses filhos".

Desde os anos 80 que a fecundidade em Portugal, já não permite repor as gerações, o que significa que a dimensão das gerações vem sendo cada vez menor. Uma situação deste tipo, mantida durante muito tempo, como se tem verificado em Portugal, traz implicações irreversíveis para a estrutura por idades da população portuguesa, observáveis não só no momento actual, mas principalmente em termos futuros. 

O aumento inevitável do envelhecimento da população em geral, das famílias e da população em idade activa condicionará necessariamente a sociedade portuguesa no futuro. 

OUTRAS CAUSAS DE INFERTILIDADE - https://ivi.pt/causas-da-infertilidade/

Associação Portuguesa de Demografia - http://www.apdemografia.pt/


Sem comentários:

Enviar um comentário