quarta-feira, 30 de março de 2016

O Reino de Deus - parte 3


(continuação)

A Igreja Cristã está em crise? Sem dúvida que sim!

No Novo Testamento Jesus era bem mais conhecido como Senhor do que Salvador. Enquanto que hoje, Ele é bem mais conhecido como Salvador, do que Senhor! 

Ele é chamado de "Senhor" 664 vezes no N.T., e de "Salvador", apenas 24 vezes. Qual a ênfase no Novo Testamento? Um foco no primeiro reflecte o senhorio de Cristo, o Reino dEle e a nossa entrega; o segundo foco reflecte o que nós recebemos, os nossos benefícios. Dá para perceber a nossa crise?

Qual é o Evangelho que tem sido pregado? Tem sido pregado o Evangelho do Reino? Será que o crente morno e fraco, que vemos tanto nas igrejas, tem a ver com o tipo de semente que tem sido plantada semanalmente dos púlpitos das igrejas?

Deixe-me oferecer uma definição do Reino de Deus: o Reino de Deus é a esfera / domínio crescente e vivificante, na qual o governo de Cristo é reconhecido, obedecido, procurado e desfrutado. 

O Reino é de Deus, não é para eu criar um reino próprio, meu. Faz alguns anos estive com um determinado pastor que criou uma igreja para deixar de herança para os filhos! Outros governam a Igreja mas Deus não tem autorização para intervir. Serão esses lugares portais do Reino de Deus?

O Reino de Deus cresce de forma irresistível, como uma semente de mostarda ou como o fermento que enche a massa toda. Ministra vida abundante a todos os que entram nele e chegam perto. É um governo absoluto, uma teocracia (não democracia, etc.). Ao mesmo tempo, o Rei não impõe a Sua vontade, mas aguarda que Sua autoridade seja reconhecida. Mas não é suficiente reconhecer de forma intelectual a Sua autoridade. Os próprios demónios fazem isso! É preciso obedecer e submeter a Deus, ser verdadeiros discípulos (seguidores), aqueles que vivem a realidade de Seu senhorio em todas as dimensões / áreas da vida.

Mas ser obedientes também não é suficiente! Os anjos são obedientes, mas Deus quer mais de nós (de mim e de si). Quer que O procuremos e a Seu Reino, desejando-o, ansiando por ele, tendo fome e sede dele. Afinal de contas, Ele não quer que sejamos apenas servos ou pessoas sob Seu domínio, e sim filhos do Rei que realmente desfrutam de Seu reino. Este é o propósito de Deus para o Homem.

Uma família de muitos filhos semelhantes a Cristo Jesus, que O conhecem e desfrutam dEle para a eternidade!

Quantas igrejas não pregam um verdadeiro evangelho do Reino! Quantos crentes não vivem como verdadeiros discípulos do Reino! Será que haverá um monte de pessoas "crentes" que ouvirão de Jesus no fim dos tempos: "Afaste-se de Mim! Eu nunca o conheci!"

Estamos em crise?

(continua)

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