sábado, 1 de março de 2025

muda de vida (parte 1)

Ezequias foi instrumento nas mãos de Deus para trazer um novo tempo sobre a sua nação.

Quando começou a reinar, Ezequias poderia ter escolhido o caminho de maldição deixado pelo seu pai. O rei Acaz foi um dos piores e mais inescrupulosos reis de Israel, e Ezequias carregava toda a carga de um pai que não temia ao Senhor. Diz a Bíblia, no livro de II Crónicas 28, versos 22,24,25: “No tempo de sua angústia cometeu ainda maiores transgressões contra o Senhor; ele mesmo, o rei Acaz. Ajuntou Acaz os utensílios da Casa de Deus, fê-los em pedaços e fechou as portas da casa do Senhor; e fez para si altares em todos os cantos de Jerusalém. Também em cada cidade de Judá fez altos para queimar incenso a outros deuses; assim provocou à ira o Senhor, Deus de seus pais.” 

Após a morte de Acaz, o filho assumiu o trono, e a Bíblia nos conta que ele, um jovem de 25 anos, “fez o que era reto perante o Senhor segundo tudo quanto fizera David, seu pai” (II Crónicas 29:2).

Que extraordinário! Ezequias escolheu olhar para David, e não para seu pai, Acaz, que não lhe havia deixado uma boa herança espiritual. Sabia que Jesus é da linhagem de David, e que nEle, nós somos também herdeiros de uma herança de bênção, e não da maldição muitas vezes recebida de nossos pais? Hoje, somos chamados para sermos líderes da nossa geração, para fazer diferença na nossa época. Agora, Deus anseia pelos “ezequias” para que Ele venha trazer um novo tempo que tanto ansiamos.

Talvez até aqui se tenha escondido atrás dos seus problemas familiares. Muitos jovens são frustrados porque acreditam que não podem servir a Deus, sofrem pela obrigação de seguir o exemplo de vida que receberam em casa, ainda que ele seja medíocre. Não quero que jogue fora as bênçãos e os bons exemplos recebidos da sua família. Entretanto, muitas vezes é preciso escolher olhar para o Pai Celestial, para Jesus, Filho de David, ao invés de nos acomodarmos debaixo das marcas negativas advindas de nossa herança familiar.

Muitas pessoas ficam escravizadas por essa herança. São jovens que temem se casar porque suas mães não foram felizes; rapazes que seguem o exemplo de adultério e de prostituição do pai ou dos tios porque eles sempre valorizaram este tipo de conduta. Mulheres e homens que não tiveram coragem para viver uma vida santa. Até mesmo alguns, que chamados por Deus, não aceitaram o convite para abandonarem tudo em favor da obra: “... Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” (Lucas 9:23.) Desistiram do “a si mesmo se negue” por alguma ambição financeira ou de status exigido dentro de casa. Outros, devido a uma baixa condição financeira, se julgam inferiores ou incapazes para fazer algo grande para Deus. São traumas emocionais que forçam tantos a cometerem os mesmos erros em seus novos lares, como se nunca pudessem se desprender das angústias da alma. É uma vida de religiosidade que se vai repetindo de geração em geração.

Se quisermos experimentar o genuíno mover que Deus quer derramar, vamos ter de fazer como Ezequias. Não temos desculpas. Jesus levou sobre Si as nossas dores e as nossas maldições. Precisamos, no nosso íntimo, aceitar essa cura, deixá-la agir em nós, assumir a posição de curados, regozijar com a vitória e vivê-la a cada instante. Ezequias não agiu como filho de Acaz, mas sua identidade foi registada como filho de David. E tu? Vive a tua vida como filho de Deus, que te regenerou em Jesus, e te escolheu para reinar. Sê tu, um(a) “Ezequias dos nossos dias”. 

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